Dia das Mães

Mãe se especializou em educação especial para atender filho com Síndrome de Down

A professora Márcia Rocco falou sobre a maternidade atípica e o amor incondicional pelos filhos

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O sonho de ser mãe sempre esteve nos planos da professora Márcia Cristina de Rocco, que hoje atua na Escola Municipal de Educação Especial Profa. Eva Cavani, em Paranaguá. Ela é mãe de Mariana, de 18 anos, e de João Pedro, de 14 anos, para os quais dedica seu tempo e sua vida. Para ajudar na educação de João Pedro, com Síndrome de Down, ela procurou uma especialização na área e, desde então, tem aplicado também seu conhecimento para contribuir com a aprendizagem de outras crianças.

“Ser mãe foi um dos meus maiores sonhos, tenho dois lindos filhos, Mariana Rocco dos Santos e João Pedro Rocco dos Santos. Tudo o que eu faço é por eles, meus filhos são a razão da minha vida”, afirmou Márcia.

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“Tudo o que eu faço é por eles, meus filhos são a razão da minha vida”, afirmou Márcia
Fotos: Arquivo pessoal

Para ela, descobrir a Síndrome de Down foi transformador e apontou um novo caminho para a sua vida profissional. “Não descobri a Síndrome de Down na minha gestação, levei um choque mas fui à luta e hoje o João Pedro é a minha maior riqueza. Meu filho foi para três escolas particulares e não conseguiram trabalhar com ele, por isso fui fazer uma pós-graduação em Educação Especial. Quando soube que ele era Down estimulei ele desde os dois meses de idade, fiz de tudo e até hoje ele faz as terapias com fonoaudióloga, psicóloga, psicopedagoga e musicoterapia”, revelou Márcia.

Atualmente, a professora também tem lutado para buscar mais igualdade de direitos para as crianças. “Fizemos neste ano a primeira caminhada da Síndrome de Down, que foi só o começo, queremos fazer muito mais. O objetivo é criar uma associação e alcançar os mesmos direitos que os autistas têm hoje. Precisamos de muito apoio para os alunos com Síndrome de Down”, afirmou Márcia.

Incentivo ao esporte

Além da dedicação ao filho João Pedro, levantando a bandeira da inclusão, Márcia também apoia a filha Mariana, que tem se destacado no handebol. Em março deste ano, Mariana foi medalha de prata no Campeonato Sul Centro Americano Juvenil Feminino de Handebol de Praia, uma das 10 atletas que representaram o Brasil em Buenos Aires, na Argentina.

A mãe também relatou o incentivo que tem dado a filha Mariana, atleta de handebol que representa o Brasil no esporte
Foto: Divulgação/Prefeitura de Paranaguá

“A Mariana sempre brilhou em vários esportes, mas o handebol acabou sendo a sua paixão. Sempre estarei apoiando suas conquistas e as oportunidades que o handebol está trazendo para a minha filha. Com certeza irá longe representando Paranaguá com a camisa do Brasil”, ressaltou a mãe Márcia.

Mãe em sala de aula

Há mais de 20 anos na área da educação, Márcia relatou que também se sente um pouco mãe dos seus alunos. “Com certeza me sinto. Os meus alunos fazem parte da minha história, sou professora há 23 anos na Rede Municipal e amo o que faço. Há alguns anos estou trabalhando na educação especial, onde eu me encontrei”, afirmou Márcia.

Vencendo as adversidades

A maternidade envolve dificuldades que precisam ser superadas a cada dia. Para Márcia, o apoio da família sempre foi fundamental para vencer os obstáculos. Para as mães atípicas, ainda mais, pois envolve a busca pelos direitos dos filhos para que tenham o mesmo acesso a educação e as terapias necessárias para o desenvolvimento integral das crianças.

“Sempre tive apoio da minha família e minha mãe, que pôde estar comigo durante anos me ajudando e me ensinando a criar os meus filhos da melhor maneira. Acredito que as mães encontram força em Deus, porque Deus é amor, e o amor e a esperança de dias melhores, é o que nos move a todo momento. Costumo dizer que o amor de mãe é incondicional, mas a diferença é que nós temos mais trabalhos do que talvez outras mães, isso faz com que esse desafio seja muito maior, que é lutar por mais inclusão, por mais escolas e enfrentar todas as dificuldades que a gente atravessa”, finalizou Márcia.

Mãe se especializou em educação especial para atender filho com Síndrome de Down

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