Cultura
Pré-Conferência Municipal da Cultura 2022 acontecerá em Paranaguá na segunda-feira
Encontro discutirá demandas para a Conferência Municipal de Cultura e definirá novos representantes da Câmara Setorial de Cultura Popular
Na próxima segunda-feira, 18, acontecerá em Paranaguá a Pré-Conferência Municipal de Cultura 2022 que discutirá diversas demandas do setor para a Conferência Municipal de Cultura que ocorrerá no fim de abril, sendo organizada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secultur), bem como definirá novos representantes da Câmara Setorial de Cultura Popular do município. O encontro acontecerá às 19h na Batucaria Casa Cultural, situada no Centro Histórico, na Rua General Carneiro, 368, sendo possível que cidadãos e membros do setor cultural parnanguara acompanhem a pré-conferência de forma on-line pelo Google Meet.
Segundo o rapper e educador social, Wagner Luíz Peixoto da Silva, o “Wag”, representante títular do segmento Cultura Popular no Conselho Municipal de Políticas Culturais, a pré-conferência, por meio dos participantes e membros, escolherá os novos representantes do segmento de Cultura Popular para o próximo biênio, constando entre eles titular e suplente, assim como delegados que defenderão as pautas do setor na conferência no fim do mês.
“A pré-conferência será realizada na próxima segunda, 18, às 19 horas na Batucaria Casa Cultural situada na Rua General Carneiro 368 no Centro Histórico de Paranaguá e também será transmitida via Google Meet através do link meet.google.com/rir-nwwn-kku “, destaca.
O que é a Câmara Setorial de Cultura Popular?
De acordo com Wagner, a Câmara Setorial de Cultura Popular “é o ambiente no qual nós, os agentes culturais, discutimos fora do Conselho Municipal pautas pertinentes ao nosso segmento”, acrescenta. “Eu costumo dizer que é a reunião dos conselheiros do conselheiro, que tem por obrigação levar o que for deliberado para o CMPC. Sendo assim, é o lócus de contato permanente entre o representante do segmento de cultura popular e os fazedores de cultura”, afirma o rapper e educador social.
Balanço da atuação
Wag fez um balanço de sua atuação como representante titular do segmento Cultura Popular no Conselho Municipal de Políticas Culturais “Em 2018, estive como suplente da cadeira por um ano e com muita vontade de aprender com os meus pares. O titular infelizmente declinou de sua função e em 2020 passei a assumir interinamente. Ainda em 2020 em decorrência do Covid-19 o isolamento social, necessário naquele período, fez com que as atividades artístico-culturais fossem as primeiras a parar e naquele momento estava bem claro que seriam as últimas a retomar. Realizamos uma Assembléia remota e o Conselho foi recomposto por mais um biênio e então passei a ser títular”, explica.
Em 2020, a gestão de cultura tomou medidas para atenuar o drama vivido pela classe, devido à pandemia e necessidade de paralisar eventos e distanciamento social, realizando lives e o projeto denominado de “CulturanaRede, que visava a produção exclusiva de conteúdos para as redes sociais por artistas locais. “Como conselheiro me coube o papel de avaliar junto aos meus pares essas medidas, como elas vinham se realizando e ainda assim indicar alternativas que fossem mais robustas para aliviar o drama da categoria. Também estavámos aguardando a aprovação da Lei Aldir Blanc, que de caráter federal, teve como objetivo fortalecer a classe através de auxílios e fomentos. Coube ao Conselho Municipal em conjunto com a Secultur mobilizar os agentes culturais e estabelecer algumas diretrizes dessa lei para que fosse aplicada no âmbito municipal”, acrescenta.
O educador social destacou que o processo foi interessante, com busca ativa e diversas reuniões por meio virtual, com agentes culturais compreendendo a necessidade de que o conselho seja ativo e que todos produzam do seu registro sobre o seu fazer artístico-cultural, rompendo com a informalidade. “Espero que esse período em que estive como conselheiro seja marcado pelas pessoas como um momento em que estavam de fora e ‘por’ fora passaram a entender a importância e a se sentir parte das políticas públicas para o nosso segmento. Lembrando que o segmento cultura popular é um dos mais plurais. Nele estão abarcados hoje o fandango, a capoeira, o carnaval, demais manifestações de matriz afro, a cultura indígena e a arte urbana, buscando ainda maior interlocução com as comunidades tradicionais como os pescadores artesanais”, finaliza.
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