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Cultura

Parnanguara lança o primeiro livro e se destaca no cenário nacional

Nia França narra os momentos que marcaram a sua transição da adolescência para a vida adulta

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Nia Rodrigues é uma jovem parnanguara que vem ganhando destaque no cenário literário nacional.  Há três meses publicou seu primeiro livro: Irmandade dos Sem Futuro.

A obra, que vem obtendo bons índices de venda, foi  publicada pela editora Flyve, sendo voltada para o público juvenil. A editora investiu no livro materializando o sonho de Nia, que tem 19 anos, e desde a infância já traçava as primeiras histórias. 

A escritora conta que a ideia de escrever o livro veio aos 16 anos, quando passou por uma fase intensa de questionamentos existencialistas. “Eu queria, de alguma forma, transformar isso em uma história de fantasia. Como eu disse nas notas do livro, por trás de toda a mitologia e de todas as loucuras extrafísicas típicas de uma ficção científica, existem reflexões muito intensas sobre a falta de propósito, o vazio existencial e a juventude. Mas eu não queria, de forma alguma, tornar essa ideia chata, e achei que caberiam bem umas pitadas de crítica e humor ácido (se me permite o trocadilho)”, explica.

A ideia de escrever o livro veio aos 16 anos

Nia França ressalta que o livro tem muito dela, sendo uma expressão quase fiel da fase mais intensa de sua vida de adolescente em transição para a fase adulta. “Rebeldia, sensação de não pertencimento, autodescoberta, medos, paixões, frustrações e, claro, viagens no tempo”, complementa.

Inspiração

A inspiração para escrever o livro veio de elementos diferentes e, ao mesmo tempo, sincronizados no mesmo ideal. “Eu peguei como inspiração muitos elementos dos quadrinhos e do cinema, por isso a história é bem visual, apesar de ser uma narrativa literária. Os personagens são vivos, têm estilo, falam com naturalidade, usam gírias e palavras consideradas de baixo calão, porque eles são humanos, ou quase. Então acho justo que ajam como tal”, aponta.

Desafio

A escritora acredita que um dos maiores desafios de publicar um livro seja o próprio mercado literário. Ela conta que a literatura é pouco incentivada no Brasil e, além disso, a estrangeira tem grande penetração no mercado.

“Para ser escritor no Brasil é preciso estar ciente de que você vai trabalhar muito, vai ganhar pouco e vai ter que lutar pelo próprio espaço todos os dias, porque não importa o quão talentoso você seja, existe gente talentosa saindo do esgoto. É preciso ter estratégia, foco e disciplina. Principalmente se você for jovem, nesse caso você precisa fazer tudo em dobro”, aponta.

“Meu livro foi publicado como ‘publicação tradicional’, ou seja, a editora confiou no meu trabalho, investiu no livro e teve retorno no pós-vendas. Essa é uma forma bem bacana para quem quer publicar o primeiro livro, mas não tem grana. A única questão é encontrar uma editora disposta e entregar um bom material para gerar o interesse deles”, finaliza.

Em apenas três meses o livro conquistou três prêmios: 1.º lugar ficção científica Prêmio Ônix, Melhor final/ Plot Twist: voto popular e 1.º lugar terror psicológico: ranking on-line de livros independentes.

Contato e outras informações pelo Instagram @niaa_franca ou pelo e-mail [email protected] .

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