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Cultura

Club Litterário realiza bate-papo fotográfico com imagens caiçaras

Artista, fotógrafo e designer gráfico ministrou palestra e realizou exposição de fotos

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Na noite da terça-feira, 18, o Club Litterario realizou em Paranaguá, em sua sede urbana, um bate-papo fotográfico com o artista, fotógrafo e designer gráfico, Eduardo Nascimento, que trouxe aos presentes a exposição de fotos que retratam a realidade de décadas de Antonina, município onde nasceu, bem como do litoral do Paraná. Com amplo currículo, “Eduardo Bó”, como é conhecido no meio antoninense, é professor aposentado do Departamento de Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo graduado em Pintura e Licenciatura em Desenho pela EMBAP e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, atuando nas áreas de artes plásticas, fotografia e design gráfico.

O artista participou de diversas mostras de fotografia e artes no Brasil, editando livros fotográficos e sendo co-autor de obras, com exposições e participações em mostras em todo o Brasil. “Militei na área de imagem e produção de imagem fotográfica com intuito de pesquisa e orientação. Nesse tempo todo juntei um material muito interessante, principalmente de Antonina. Surgiu a ideia deste bate-papo, algo descontraído, com a proposta de trazer imagens caiçaras”, salienta.

“A imagem caiçara é uma palavra muito difícil de você saber, porque o homem caiçara criou cidades, foi trabalhar em fábricas, virou dono de restaurantes e pousadas”, afirma Eduardo, destacando que formulou sete livros editados, três deles de fotografia e cinco de textos. O fotógrafo buscou os seus arquivos fotográficos e trouxe imagens analógicas, com negativos de sua primeira exposição em Curitiba, em 1982, sobre uma viagem em uma linha de barcos no Canal do Varadouro entre Paranaguá e Cananéia.  “São redescobertas de negativos, algo que vale a pena ser falado. Achei também imagens de 1986 de Superagui, onde fiz fotografias dos herdeiros de William Michaud, com a casa deste pintor em uma das primeiras colônias suíças do Paraná”, salienta.

Eduardo trouxe sua experiência como professor universitário, bem como fotógrafo com obras desde os anos 80 que retratam Antonina e o litoral

Eduardo destacou a origem do termo caiçara, cujo sentido é cercado. “Eram cercadinhos de peixes e as pessoas que viviam daquele cercado também passaram a ser conhecidos como caiçaras, assim como o habitat, os instrumentos e habitações dessas pessoas. Hoje a gente interpreta como caiçaras as comunidades ribeirinhas, que são de uma região no litoral do Brasil de Cananéia a Florianópolis. O caiçara é o português, o índio também e a miscigenação, pessoas que vieram após viver como ribeirinhos”, acrescenta, destacando que atualmente o caiçara precisa ser reinterpretada. “Entendo que ser caiçara hoje é você conviver e viver do mar, morar no mar, atualmente os caiçaras somos nós, que criamos cidades, celebramos nossas festas tradicionais que viraram grandes”, finaliza. 

Club Litterário

“A ideia do Club é reavivar o Litterário para a sociedade, algo que está sendo feito desde 2015. Queremos fazer com que as pessoas voltem para o Litterário e nossos primeiros eventos estão voltados à nossa cultura”, afirma a conselheira do Departamento Cultural do Club Litterário, Letticia Correia, destacando a importância da valorização cultural e histórica de Paranaguá e do litoral com o bate-papo junto ao Eduardo Nascimento e outros palestrantes. “O Club Litterário veio ocupar um espaço que estava vago na sociedade. Percebemos um eco, um retorno grande da sociedade no meio físico e nas redes sociais”, afirma o conselheiro Hamilton Sampaio Junior, acompanhado dos conselheiros José Alexandre Baka e Lizangela Siqueira.

O Club Litterário está aberto das 14h às 17h de segunda à sexta-feira para que cidadãos e turistas possam conhecer. Além disso, há publicações nas redes sociais no Facebook no link https://www.facebook.com/Clublitterarioparanagua  e no Instagram @clublitterario.pgua .

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