Coronavírus
Sesa confirma primeiro caso da variante Ômicron no Paraná e decreta epidemia de H3N2
Anúncios foram realizados na manhã de quarta-feira, 12
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A Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (Sesa), em coletiva realizada na manhã de quarta-feira, 12, anunciou que o Estado vive uma epidemia de casos de Influenza H3N2. Além disso, também confirmou o primeiro caso da variante Ômicron da Covid-19 em um morador de Curitiba. Segundo a Secretaria de Saúde, já existe transmissão comunitária da variante no Estado.
O caso da variante Ômicron trata-se de um homem de 24 anos, morador de Curitiba, que apresentou os primeiros sintomas no dia 14 de dezembro de 2021, e teve o caso confirmado no dia 18. O caso apareceu em um exame do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), e logo foi enviado à Fiocruz, no Rio de Janeiro, que fez o sequenciamento genômico e identificou a nova variante.
O primeiro caso da variante foi identificado na África no Sul em 30 de novembro de 2021. O curto período de tempo entre o primeiro caso no mundo e a chegada no Paraná mostra o alto poder de transmissão do vírus e da variante em questão.
“A variante Ômicron é cerca de 2 ou 3 vezes mais transmissível que a Delta, muito semelhante ao vírus do sarampo. Mas aparentemente menos grave que outras ondas, sobretudo por conta da grande cobertura vacinal no Paraná”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Epidemia de H3N2
A epidemia de H3N2 se justifica pelo alto número de casos já identificados. A Sesa informou que o Estado tem 832 casos confirmados e 12 mortes provocadas pela doença.
“O caráter epidêmico existe por ser maior que nos anos anteriores, o quantitativo de casos é enorme. Não é um surto porque está em todo o território do Paraná, temos casos em aldeias indígenas, já se espalhou, não se trata mais de um surto localizado em comunidades. O número detectado já é maior que o detectado nos últimos seis anos, muito além do esperado”, frisou o secretário Beto Preto. “A gripe tem tratamento nas primeiras 48 horas, mas não temos Tamiflu para o tratamento de todos”, completou o secretário.
Durante a coletiva, Beto Preto comentou as aglomerações ocorridas nas últimas semanas, especialmente no litoral do Paraná e de Santa Catarina em função das festas de fim de ano.
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Isolamento
Apesar de ter muitos casos registrados de ambas as doenças, que tem ocasionado na procura pela população pelas unidades de saúde e Upas, os mesmos não têm sido revertidos em internamentos e óbitos. A Sesa ressaltou a importância do isolamento como a única forma de reduzir e bloquear a disseminação do vírus. Além do isolamento doméstico, a recomendação é para que as empresas também adotem o afastamento dos funcionários que estejam com sintomas respiratórios para evitar o contágio.
Vacinação
O secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou que a vacinação contra a Covid-19 tem evitado mortes no Estado, assim como em todo o País. “Temos paranaenses que não se vacinaram e temos aqueles que tomaram somente a primeira dose”, disse o secretário, alertando para o risco dessas pessoas desenvolverem casos graves da doença.
Quanto as vacinas pediátricas, 185 mil doses destinadas a crianças de 5 a 11 anos devem chegar até a próxima semana no Paraná e, em até 24 horas, já chegarão às regionais de saúde.
“A vacinação tem sido fundamental, sem ela não teríamos chegado até aqui. Agradeço a todos os municípios do Paraná que não mediram esforços para fazer a vacinação acontecer e, por isso, hoje temos condições de enfrentar a variante”, destacou Beto Preto.
Já com relação a Influenza, o secretário reforçou que foi enviada a todas as regionais de saúde do Paraná vacinas contra a gripe, que podem ser aplicadas no público em geral. “Ainda temos cerca de 600 mil doses de vacinas contra a gripe”, ressaltou Beto Preto.