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Coronavírus

Médico explica possibilidade de reinfecção da Covid-19

João Zattar explica que é possível pegar mais de uma vez a doença, mas que isso é algo muito raro no mundo

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Profissional alerta para sintoma frequente e quadro de latência

A pandemia do novo Coronavírus gerou em toda a população o temor de contrair a doença, em virtude dos mais de 31 milhões de casos confirmados da Covid-19 e cerca de 961 mil mortes decorrentes da infecção, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar da gravidade da pandemia, há pessoas que contraíram a Covid-19, se curaram e acreditam estar imunes à enfermidade, entretanto, de acordo com o médico João Felipe Zattar Aurichio, estudos científicos apontam que esta hipótese não é real, visto que estudos científicos do mundo confirmaram casos de reinfecção da doença. 

Apesar disso, em comparação aos milhões de confirmações da Covid-19, apenas cinco pessoas no mundo tiveram o quadro de reinfecção confirmado até agora, o que indica que é algo raro de ocorrer. “Já não é mais segredo que podemos pegar mais de uma vez a Covid-19”, informa o médico, ressaltando que estudos científicos de Hong Kong, Bélgica, Estados Unidos, Equador e Holanda já confirmaram a possibilidade. 

Segundo o médico, entre os milhões de casos da Covid-19 no mundo, há apenas cinco casos de reinfecção confirmados no planeta. “Cinco casos perto de 31 milhões é quase que uma raridade até agora”, explica. “Outra boa notícia é que nesses cinco casos de reinfecção, apenas um deles foi uma infecção um pouco pior, lembrando que nenhum dos cinco entrou em óbito. Aliás, os outros quatro com infecção tiveram um quadro assintomático ou com poucos sintomas”, explica Zattar.

“Sobre o caso de reinfecção de Hong Kong, na segunda vez que ele pegou Covid-19 o paciente estava sem sintomas em um aeroporto”, salienta. “Até agora, a reinfecção é uma raridade na Covid-19, sendo que dos casos detectados, na maioria deles o quadro da doença foi mais leve do que na primeira infecção. Este conceito pode ser que mude daqui para a frente, de acordo com os estudos, mas é necessário repassar a todos o que temos de concreto até agora”, complementa o médico.


Olho: “Até agora a reinfecção é uma raridade na Covid-19, sendo que dos casos detectados de reinfectados, na maioria deles o quadro da doença foi mais leve do que na primeira infecção”, ressalta o médico 

Disseminação viral persistente

“Entretanto, muitas pessoas estão pensando que estão pegando de volta a Covid-19 e não é isso que está acontecendo”, ressalta Zattar, ressaltando que nesta esfera é necessário abordar a questão da disseminação viral persistente. “Isso ocorre com o paciente que pegou a Covid-19, passam os 14 dias da quarentena e ele continua com sintomas da doença, faz exame e o Coronavírus continua detectado. Isso pode ocorrer até por um, dois meses. Esse paciente ainda pode estar sendo infectado pelo mesmo vírus ou ele pode estar com o sintoma persistente, não estar com o vírus da Covid-19 se disseminando tanto, mas expelindo partículas virais. Isso é possível’, afirma.

Latência

“Outra situação que têm acontecido com frequência e confundido as pessoas, inclusive pacientes meus, é a pessoa que pega Covid-19, melhora antes de 14 dias e, depois de duas a três semanas, começa com sintomas de Covid-19, vai fazer o exame e fica detectado. Nesse caso, na maioria das vezes, é o chamado quadro de latência, que é quando o vírus começa a infectar esta pessoa e adormece, entra em latência, e essa pessoa melhora dos sintomas, mas depois de poucos dias ele começa a retomar a atividade de viremia e começa a se reproduzir, o que causa sintomas no paciente iguais aos que ele teve no começo da infecção há semanas. Isso é possível de acontecer na Covid-19 e tem acontecido, infelizmente”, relata o médico.


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