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Coronavírus

Infectologistas explicam importância da dose adicional para proteção de idosos à variante Delta

Especialistas reforçam validade das vacinas para prevenir casos graves e óbitos

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O Instituto Butantan divulgou nota oficial trazendo o relato de infectologistas sobre a importância da dose adicional das vacinas contra a Covid-19 em idosos para garantia da proteção à variante Delta. Os médicos infectologistas Marco Aurélio Sáfadi e Sergio Cimerman destacaram a importância de se imunizar com a dose adicional pessoas com mais de 60 anos, que são mais fragilizados ao risco de pegar a doença, bem como reforçaram a validade dos imunizantes na proteção contra casos graves e óbitos em decorrência do Coronavírus. 

“Temos um desafio pela frente que é o crescimento dos casos associados à variante delta. Ela é mais transmissível e cria uma expectativa de preocupação”, destaca o médico Marco Aurélio Sáfadi, que é infectologista pediátrico e diretor do departamento de pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. “Entendo como correta a antecipação da proteção a grupos que já foram identificados como mais fragilizados ao risco de serem acometidos a despeito de terem sido vacinados, que são os indivíduos de maior idade e os que vivem com algum grau de imunossupressão ou têm doenças que deprimem sua imunidade”, completa.

Segundo ele, não restringir o imunizante a ser utilizado na dose adicional é uma forma de antecipar a proteção de toda a população-alvo. “A experiência dos países por onde a delta já circula – como Israel e Reino Unido – mostra que as vacinas (independente do fabricante) oferecem proteção elevada contra formas graves de doença associadas a essa cepa, mas têm fragilidade na proteção contra formas leves da doença e para impedir o risco de infecção”, informa o Butantan.

“Os dados mostram que todas as vacinas que estão sendo utilizadas, sem exceção, mostraram nos estudos que uma terceira dose oferece uma expectativa de benefício da resposta imune contra desfechos graves da doença, que nesse momento é o objetivo”, ressalta Sáfadi.

Estudo

Segundo o instituto, um estudo realizado em agosto com pessoas acima de 60 anos pela Sinovac, demonstrou que uma dose adicional de CoronaVac, oito meses após a segunda dose, induz a um aumento significativo no nível de anticorpos neutralizantes. “Outra pesquisa, também da Sinovac e veiculada na mesma publicação, com adultos de 18 a 59 anos, apontou que a dose adicional, seis ou oito meses após a segunda dose, induz uma resposta imunológica rápida e forte”, detalha.

Imunoproteção

De acordo com o médico Sergio Cimerman, que atua no Instituto de Infectologia Emilio Ribas e é diretor científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, ainda é necessário usar todas as vacinas que se tem à disposição. Segundo ele, a população acima dos 80 anos possui uma redução do fator imunoprotetor, seja qual for a vacina utilizada – de vetor viral, vírus inativado ou RNA mensageiro.

“A vacina não tem o fator esterilizante, ela tem um fator de prevenir infecção grave e óbito, e isso nós estamos conseguindo com todas: com CoronaVac, Astrazeneca, Pfizer e Jansen”, afirmou Sergio. “Isso deve ser reiterado sempre para mostrar que a vacinação é importante, é efetiva e os números de diminuição de casos de UTI, por exemplo, no estado de São Paulo e no Brasil, são claros”, informa Cimerman.

Vacina e redução de mortes

“Ministério da Saúde, na 14ª semana epidemiológica (entre 4 e 10/4), o número de mortes por Covid-19 chegou a 21.141. Na época, a quantidade de brasileiros com o esquema vacinal completo era inferior a 100 mil. Na 34ª semana epidemiológica (entre 22 a 28/8), foram 4.801 mortes. Atualmente, mais de 60 milhões de pessoas já tomaram as duas doses ou a dose única da vacina contra a Covid-19”, finaliza o Butantan.

Com informações do Instituto Butantan

Foto: Ilustrativa – José Fernando Ogura/AEN

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