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Coronavírus

Imunidade coletiva será alcançada com 95% da população vacinada, segundo médica

Infectologista afirma que ainda assim cuidados deverão ser mantidos

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Com a vacinação contra a Covid-19 avançando no País, a expectativa é que seja alcançada a chamada imunidade coletiva, termo utilizado quando muitas pessoas já estão imunes contra uma infecção, fazendo com que diminua a transmissão do vírus. 

Segundo dados da Prefeitura de Paranaguá, desde o início da pandemia de Covid-19, já foram vacinados no município com a primeira dose 79.382 cidadãos. Os dados foram apurados até o dia 25 de junho. Um estudo desenvolvido pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e UFS (Universidade Federal de Sergipe), projeta o “fim da pandemia” para 18 de outubro de 2021 em Paranaguá.

A médica infectologista, Dra. Lucia Eneida Rodrigues, a qual atua em Paranaguá, afirmou que a imunidade coletiva acontece somente quando 95% da população for adequadamente vacinada e possa evitar a circulação viral. No entanto, é preciso se atentar que Paranaguá se mantém ativa economicamente com a movimentação de pessoas de fora, com o turismo e a atividade portuária, por exemplo, o que mantém o risco de contaminação.

Os cuidados para evitar a transmissão devem permanecer. “Precisamos de 95% das pessoas que podem ser vacinadas para diminuir, porém não parar totalmente com os cuidados. Na verdade, os cuidados com o Coronavírus são úteis para todos os vírus de transmissão respiratória. Espero que as pessoas mantenham o hábito de lavagem de mãos, higiene, ambientes arejados e etiqueta respiratória com uso de máscara se houver sintoma respiratório mesmo após o final da pandemia. Será uma mostra de construção de cidadania e educação, que são marcas de um povo evoluído”, destacou a médica.

Para ela, seguir as medidas sanitárias é ainda a atitude mais eficaz.

“Por enquanto, pode ser uma questão de sobrevivência pessoal e das pessoas a quem amamos, manter todas as medidas de distanciamento social e de higiene pessoal e coletiva”, afirmou a médica.

Assim como a vacina contra a gripe, a qual exige que campanhas de imunização sejam realizadas anualmente, a vacina contra a Covid-19 deve seguir o mesmo caminho. “É muito possível que com o que sabemos da biologia do vírus até este momento, que tenhamos que repetir doses como é feito com a vacina da gripe”, ressaltou Dra. Lucia.

Terceira onda

Várias regiões apresentam a tendência de aumento nos números de casos, hospitalizações e mortes pela doença, que podem levar à terceira onda da pandemia. “Existe sim uma certeza de que vai acontecer. Será de menor impacto em populações amplamente vacinadas de modo adequado, porém ainda haverá muitos pacientes doentes e muitas mortes. Depende da atitude de cada um em manter as medidas já citadas, do nosso cuidado com a natureza e o cuidado com a saúde pessoal”, orientou Dra. Lucia.

A conscientização, neste momento, além da vacina, segue como a melhor alternativa. “Mantenha bons hábitos, coma menos alimentos processados, abandone álcool e fumo, faça exercícios pelo menos três vezes por semana. Não temos novidades, mas temos esperança que as pessoas se conscientizem e colaborem para que o vírus pare de circular e o final da pandemia chegue logo”, concluiu a médica infectologista.

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