O Paraná vai iniciar neste fim de semana, como parte da campanha Vacina Paraná de Domingo a Domingo, um mutirão para aplicar a segunda dose contra a Covid-19. A meta do Governo do Estado é garantir a imunização por completo de 633 mil paranaenses nos próximos 20 dias, de acordo com o escalonamento feito a partir da data da aplicação da primeira dose. O quantitativo representa 5,5% do total da população do Paraná.
De acordo com a bula dos medicamentos, o intervalo de aplicação entre doses é de até 28 dias no caso da vacina CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e de três meses para a AstraZeneca (Oxford/Fiocruz). A orientação para a população é procurar a secretaria municipal de Saúde para confirmar os locais da campanha de imunização.
Os conjuntos vacinais já foram disponibilizados para os 399 municípios do Estado. Na semana passada, como parte da 11.ª remessa enviada pelo Governo Federal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu 494.149 doses voltadas exclusivamente para a segunda aplicação. Foram 33.250 da AstraZeneca destinadas a trabalhadores da saúde e 460.899 da CoronaVac, essas divididas em três faixas do grupo prioritário: trabalhadores de saúde (21.212 doses), pessoas de 75 a 79 anos (186.137 doses) e pessoas de 70 a 74 anos (253.550 doses).
Já nesta semana, as cidades começaram a receber um novo lote da proteção contra o coronavírus. Mais 139.350 também para a segunda aplicação, entre AstraZeneca (53.250 doses) e CoronaVac (86.100) doses. No total, de acordo com a Sesa, são 633.499 conjuntos vacinais para serem usados no reforço do processo.
“É a aplicação desta segunda dose que vai garantir o fechamento do ciclo e a imunização por completo. Precisamos que as pessoas que tomaram a primeira dose verifiquem na carteira de vacinação a data que precisam voltar ao posto de saúde para receber a segunda dose”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“São mais de 600 mil vacinas que serão aplicadas nos próximos dias, intensificando a nossa campanha de domingo a domingo. Não podemos parar. Não queremos vacinas no estoque, mas sim no braço dos paranaenses”, completou.
IMPORTÂNCIA
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, ressaltou a importância da dose complementar. Segundo ele, as duas vacinas disponíveis para o Brasil neste momento precisam da aplicação dupla para garantir a proteção. E, das dez vacinas aprovadas em todo mundo para uso definitivo ou emergencial, só uma (Johnson & Johnson) não exige uma vacinação extra. “A segunda dose é um reforço, uma forma de estimular o corpo a produzir um número ainda maior de anticorpos”, explicou.
Ele lembrou ainda que é justamente o encerramento do ciclo que vai fazer com que o sistema de saúde fique menos pressionado em relação a leitos para o tratamento da doença – desde fevereiro deste ano o Paraná convive com uma taxa de ocupação acima de 90%. “São os idosos que mais demandam internamentos e também os que mais morrem em virtude do vírus. E é justamente essa faixa de idade que pode receber a segunda dose agora e garantir a proteção completa”, afirmou Beto Preto.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Goretti David Lopes, ressaltou que é fundamental o registro do vacinado durante o primeiro ciclo, o que garante o recebimento da segunda dose no período correto. “A partir da aplicação da segunda dose as pessoas estarão mais protegidas contra a Covid-19 e para isso destacamos que é fundamental o registro da primeira vacina recebida”, afirmou.
VACINAÇÃO
O Paraná recebeu até o momento do Ministério da Saúde 12 remessas de vacinas contra a Covid-19. No total foram 2.495.350 conjuntos vacinais.
Até o início da tarde desta sexta, de acordo com o Vacinômetro da Secretaria da Saúde, 1.256.468 moradores do Estado haviam recebido pelo menos a primeira dose do imunizante (94,9% das doses), e 320.344 (42,4%) já completaram a imunização com a segunda.
Fonte: AEN
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