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Coronavírus

Vacinas contra a Covid-19 protegem também pessoas que já foram infectadas pela doença

Segundo estudo da Fiocruz, efetividade alta foi observada em todos os imunizantes utilizados no Brasil

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No final de março, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou mais um estudo científico que reforça a importância da vacinação contra a Covid-19, inclusive para pessoas que já contraíram a doença antes de tomar suas doses. Segundo pesquisa divulgada na revista Lancet Infectious Diseases, pacientes previamente infectados pelo Coronavírus, quando imunizados, aumento seu nível de proteção contra a enfermidade. A entidade científica afirma que entre as quatro vacinas utilizadas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para imunização da população, todas apresentam efetividade alta na proteção ao vírus. 

“A maior efetividade foi observada com os quatro imunizantes aplicados no Brasil (Coronavac, AstraZeneca, Janssen e Pfizer-BioNtech) na prevenção contra a Covid-19. A pesquisa mostra um aumento da proteção para evitar infecção e, principalmente, hospitalização e óbito de pessoas que já tinham sido infectadas antes de se vacinarem”, detalha a Fiocruz.

De acordo com o estudo, entre as pessoas que já haviam sido infectadas antes da imunização, “a eficácia do imunizante contra hospitalização ou morte 14 ou mais dias após a conclusão da série vacinal foi de 81,3% para a CoronaVac, 89,9% para a AstraZeneca, 57,7% para a Janssen e 89,7% para a Pfizer”, complementa a Fiocruz. “Os dados reforçam que todas as quatro vacinas conferem proteção adicional contra desfechos graves de Covid-19. Além disso, o fornecimento de uma série completa de vacinas para indivíduos após a recuperação de Covid-19 pode reduzir a morbidade e a mortalidade”, explica a Fiocruz.

Metodologia

A fundação afirma que a metodologia utilizada para chegar aos resultados envolveu o chamado estudo de teste negativo (TND) com caso-controle. “Baseando-se nos dados nacionais de notificação, hospitalização e vacinação de Covid-19, no período de fevereiro de 2020 a 11 de novembro de 2021, os pesquisadores identificaram 213.457 pessoas que apresentaram doença sintomática e realizaram teste de RT-PCR pelo menos 90 dias após a infecção inicial por Sars-CoV-2 e após o início do programa de vacinação. Entre eles, 14,5% (30.910 pessoas) tiveram a reinfecção confirmada”, detalha a assessoria.

“Os pesquisadores então compararam casos sintomáticos de RT-PCR positivo com até dez integrantes do grupo controle que apresentaram sintomas e testes RT-PCR negativos, restringindo ambos os grupos a testes feitos pelo menos 90 dias após uma infecção inicial. A partir de regressão logística condicional multivariável, eles avaliaram as chances de positividade do teste e as chances de hospitalização ou morte por Covid-19 de acordo com o status vacinal e o tempo desde a primeira ou segunda dose das vacinas”, ressalta a Fiocruz.

Segundo a assessoria, além da Fiocruz, outras entidades científicas brasileiras participaram da pesquisa, entre elas o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a empresa JBS. “O trabalho também contou com o apoio do Instituto de Saúde Carlos III, o Ministério da Ciência e Inovação da Espanha e o Governo da Catalunha”, finaliza a Fiocruz.


Com informações da Fiocruz

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