conecte-se conosco

Coronavírus

“A pandemia está no seu momento mais duro”, afirma o secretário da Saúde

“Tivemos uma piora progressiva e dramática no número de leitos disponíveis, tanto de enfermaria, quanto de UTI, nos últimos 15 dias, sobretudo nos últimos sete dias”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto (Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

Publicado

em

"A pandemia está no seu momento mais duro", afirma o secretário da Saúde

Beto Preto destacou importância das novas medidas de restrição para evitar colapso da saúde

Na manhã de sexta-feira, 26, o Governo do Estado adotou medidas de urgência para conter o avanço da pandemia da Covid-19 e possível colapso da rede pública de saúde de todo o Estado, visto que 94% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Coronavírus estão lotados em todo o sistema de saúde público. Em coletiva no Palácio Iguaçu, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior anunciou o Decreto N.º  6.983/2021 que paralisará a partir das 0h de sábado, 27, até a segunda-feira, 8 de março, todas as atividades não-essenciais, bem como adotará toque de recolher a toda a população das 20h às 5h, entre outras medidas.

Na coletiva, o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, alertou quanto à situação pandêmica preocupante do Paraná e salientou a ampliação da capacidade hospitalar, com inclusão de 252 novos leitos até segunda-feira, 1.º. Foram inclusas 99 UTIs e 153 de enfermarias como resposta à alta taxa de ocupação. Índices da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) apontaram uma situação alarmante na quinta-feira, 25, o índice de ocupação nas UTIs de todo o Estado bateu em 94%, com 578 pessoas aguardando por vagas em hospital, algo que reforçou a necessidade de medidas mais restritivas para conter a pandemia.

“Tivemos uma piora progressiva e dramática no número de leitos disponíveis, tanto de enfermaria, quanto de UTI, nos últimos 15 dias, sobretudo nos últimos sete dias”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto. “Do dia 10 de fevereiro até hoje, estamos aí com o aumento da necessidade de leitos para internação na casa de 1000% todas as manhãs”, completa, destacando que os decretos de restrição de mobilidade já feitos em dezembro obtiveram êxito e ajudaram a não gerar uma ocupação ainda maior do sistema de saúde.

“Nós não queremos no Paraná que haja falta de leitos, não queremos pacientes graves permanecendo mais de 24 horas nas UPAs, queremos que as nossas redes hospitalares deem a atenção necessária aos cidadãos”, afirma o gestor, destacando a estruturação da rede e inauguração de hospitais para atendimento à pandemia. “Será um legado que vai ficar para depois da pandemia, mas este momento é crítico, precisamos vacinar, mas ao mesmo tempo tomar os cuidados necessários. A pandemia está no seu momento mais duro, os números estão aí escancarados para todos, por isso precisamos de mais medidas de restrição”, afirma. 

“Entre 22 de fevereiro e 1.º de março, vamos agregar a nossa quantidade de leitos mais 99 leitos de UTI no Paraná e outros 153 de enfermaria, totalizando mais 252 leitos, além dos que já estão instalados, praticamente 9 a 10% do que nós temos operando e estamos ampliando em oito ou nove dias”, informa o gestor.

Vacinação e mortalidade de pessoas acima de 60 anos

Segundo Beto Preto, dos mais de 630 mil infectados no Paraná, 13% são de pessoas acima de 60 anos de idade. “Ao mesmo tempo, 77% dos óbitos são de paranaenses com mais de 60 anos. Vejam então como também é dramática esta situação”, explica. “Nós já vacinamos 300 mil paranaenses aproximadamente, a velocidade da chegada da vacina em janeiro e em fevereiro não foi aquela de que nós gostaríamos e temos reiteradas vezes cobrado do Ministério da Saúde, com muito respeito, mas cobrado que nós tenhamos, não só Paraná, mas todos nós, mais acessos às vacinas, pois temos equipes preparadas para vacinar rapidamente em todo o Estado”, explica. 

“Em março receberemos 37 milhões de doses em todo o Brasil, teremos no Paraná em torno de 1,7 milhão de doses, como são duas doses para cada paciente, teremos em torno de 850 mil esquemas vacinais”, explica, destacando que o Paraná precisa de mais imunizantes. “Temos 1,8 milhão de paranaenses com mais de 60 anos de idades, por isso a cobrança para que tenhamos mais acesso”, salienta.

Economia

O secretário ressaltou que a intenção não é cercear a liberdade das pessoas e atividades econômicas. “Temos um Paraná comandado por um jovem governador sensível às dores de todos os paranaenses, mas que prepara o Estado para dar um salto pujante na economia, porém, neste momento, a saúde nos pede uma colaboração momentânea, mas mais forte”, finaliza Beto Preto.

Leia também: Praças e parques públicos são fechados em Paranaguá


Em alta

plugins premium WordPress