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Ciência e Saúde

Paraná registra queda nos casos de SRAG em adultos, afirma Fiocruz

Dados apontam “aumento da proteção pelas vacinas de Covid-19 a partir das doses de reforço”

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Foto: Ana Limp/Fiocruz

No último dia 28 de julho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu uma nova edição do Boletim InfoGripe Fiocruz, que apontou no Paraná e na maioria dos estados um cenário de queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre adultos. Segundo a Fiocruz, os dados apontam que a vacinação contra a Covid-19, principalmente a aplicação das doses de reforço, estão trazendo um aumento de proteção concedido pelos imunizantes que impacta positivamente no controle do cenário da pandemia, do número de internados e casos graves, bem como nos registros de SRAG.

“O Boletim InfoGripe Fiocruz destaca o aumento da proteção conferida pelas vacinas de Covid-19 a partir das doses de reforço. O dado adicional desta edição do estudo visa estimar a incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 por grupo etário e situação vacinal dos casos de internações e óbitos”, informa a assessoria. De acordo com a Fiocruz, a análise levou em consideração o período de 17 a 23 de julho, utilizando informações no boletim  que constam no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 25 de julho.

“As vacinas ajudaram e continuam ajudando a reduzir significativamente o risco de agravamento da Covid, que pode ser cerca de duas vezes maior a depender da faixa etária e status vacinal. A proteção, inclusive, aumenta ainda mais em quem já está com alguma dose de reforço”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

De acordo com a entidade científica, nas últimas quatro semanas, os registros positivos de SRAG com resultado laboratorial prosseguem sendo dominados, em sua maioria, por casos de Covid-19 entre adultos. “Da mesma forma, no grupo de 0 a 4 anos, o volume de casos associados à Covid-19 se manteve acima do observado para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Nesse período, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 5,5% para VSR; e 79,4% para Sars-CoV-2 (Covid-19)”, relata a fundação.

“De maneira geral, a atualização aponta para queda no número de casos de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). Enquanto a maioria dos estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste tem interrupção do crescimento que havia se iniciado em abril em diversos estados, com alguns já iniciando queda, a metade norte do país aponta para manutenção do crescimento em estados da região norte e interrupção de crescimento no Nordeste”, informa.

Mortes e positivados

Ao todo, em 2022, já foram notificados 204.465 infecções por SRAG, “sendo 101.623 (49,7%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 78.203 (38,3%) negativos, e ao menos 14.629 (7,2%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, 4,5% são influenza A, 0,1% influenza B, 9,0% VSR e 79,5% Sars-CoV-2 (Covid-19)”, completa. “Referente aos casos de SRAG nesse ano, já foram registrados 33.055 óbitos, sendo 25.001 (75,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 6.449 (19,5%) negativos, e ao menos 675 (2,0%) aguardando resultado laboratorial”, ressalta a assessoria.

Em 2022, entre os casos de SRAG analisados pela Fiocruz, 3,3% são influenza A, 0,1% influenza B, 0,8% VSR, e 94,2% Sars-CoV-2 (Covid-19). “Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,0% influenza A, 0,2% influenza B, 0,3% VSR e 94,9% Sars-CoV-2 (Covid-19)”, acrescenta.

Paraná

O Paraná, junto com a maioria dos estados brasileiros, apresenta indícios de redução dos casos de SRAG. “Na região norte o cenário predominante é de manutenção do sinal de crescimento, enquanto no nordeste já se observa interrupção dessa tendência. Na metade Sul do país, diversas unidades da federação estão em situação de platô desde o mês de junho, e a maioria já apresenta indícios de processo de queda, como são os casos de DF, GO, MG, PR, RJ, RS, SC, SP”, explica a Fiocruz.

“Apenas nove das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 29: Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Os demais estados e o Distrito Federal apresentam estabilidade ou queda na tendência de longo prazo até o mesmo período”, afirma a Fiocruz.

O sul do Brasil, onde constam Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, conta no último boletim com um cenário que “indica manutenção de patamar elevado em crianças, contrastando com o sinal de queda lenta na população adulta – o que mostra que a situação ainda é instável e exige cautela”, acrescenta.

Capitais

Curitiba, junto a outras nove das 27 capitais do Brasil, apresentou sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 29 junto com Aracaju (SE), Belém (PA), Florianópolis (SC), Macapá (AP), Manaus (AM), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Teresina (PI). “Apesar de algumas capitais das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentarem formação de platô ou já iniciando processo de queda, Curitiba e Florianópolis voltaram a apresentar sinal de crescimento em algumas faixas etárias, especialmente crianças pequenas e idosos”, informa.

A Fiocruz afirma que Curitiba, junto a Brasília e Florianópolis, conta com um nível epidêmico considerado muito alto. “Das 27 capitais, nenhuma está em macrorregião de saúde em nível pré-epidêmico, duas estão em macros em nível epidêmico (Cuiabá e São Luís), 21 estão em macros em nível alto (Aracaju, Belém, Boa Vista, Campo Grande, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória), três em nível muito alto (Brasília, Curitiba e Florianópolis) e uma em nível extremamente alto (Belo Horizonte)”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

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