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Ciência e Saúde

Fiocruz alerta para aumento de casos de SRAG em crianças e adolescentes

Paraná registrou queda na tendência de longo prazo de casos para público em geral

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Na última sexta-feira, 2, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou mais uma edição do Boletim InfoGripe sobre a situação dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o Brasil. De acordo com as informações epidemiológicas, foi detectado aumento dos casos de SRAG entre crianças e adolescentes no País algo que, segundo a fundação, possui relação com a retomada das aulas após o período de férias escolares em julho, reforçando a necessidade de que as salas de aula sejam arejadas e pacientes com sintomas de síndrome respiratória fiquem isolados. 

Segundo a Fiocruz, o crescimento se observou entre crianças e adolescentes de zero a 17 anos. “Nas primeiras semanas de agosto, em diversos estados do país, a taxa de crescimento foi maior na faixa de 5 a 11 anos. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 34, período de 21 a 27 de agosto, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 29 de agosto”, detalha.

Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe e pesquisador da Fiocruz, ressalta que os dados até agora “não permitem inferir com clareza o vírus associado a este aumento”, detalha a assessoria.”Em alguns estados das regiões Sul e Centro-Oeste há indícios de predomínio de rinovírus no público de cinco a 11 anos para as semanas recentes, porém ainda são dados preliminares”, aponta a Fiocruz.

“Por se tratar de crescimento restrito ao público infantil e temporalmente associado ao retorno às aulas após as férias escolares, o cenário atual reforça a importância de cuidados mínimos como boa ventilação das salas de aula e respeito ao isolamento das crianças com sintomas de infecção respiratória para tratamento adequado e preservação da saúde da família escolar”, ressalta o coordenador.

Queda nos casos na população em geral

Segundo a Fiocruz, na população em geral, o boletim percebeu queda na tendência de longo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). “A curva nacional segue em estabilização para patamar similar ao mantido em abril de 2022, o mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil”, detalha.

“Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,6% para influenza A; 0,3% para influenza B; 5% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 71,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1% para influenza A; 0,7% para influenza B; 0,3% para VSR; e 95,7% Sars-CoV-2 (Covid-19)”, informa a Fiocruz.

Paraná

O Paraná está entre os 21 estados do Brasil em que não há crescimento na tendência de longo prazo nos casos de SRAG. “Em todos esses estados, o aumento recente se concentra no grupo de zero a 17 anos de idade, não sendo observado na população adulta”, frisa. Além disso, da mesma forma, Curitiba também não apresentou aumento a longo prazo, junto a outras 20 capitais de Estados no País. “O sinal é de queda ou estabilidade na tendência de longo prazo, e de estabilidade nas três semanas recentes”, finaliza a assessoria.

Com informações da Fiocruz

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