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Ciência e Saúde

Em dois anos de pandemia, Paraná investiu R$ 1,6 bilhão no combate à Covid-19

Governo destinou 2 mil leitos exclusivos no pico da doença

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Foto: Gilson Abreu/AEN

Há dois anos o Paraná confirmava os primeiros casos da Covid-19. Pandemia que abalou o mundo, transformou rotinas e distanciou pessoas. Alguns pequenos cidadãos só conhecem a vida dentro do “novo normal”, mas o sucesso da vacinação, embalada no último ano, indica que a luz no fim do túnel está cada vez mais próxima, a ponto do Governo do Estado planejar a flexibilização do uso de máscaras faciais em ambientes ao ar livre – definição que será feita pelo comitê de estudos científicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com base nos indicadores relacionados à doença.

E ao longo de toda essa história, que obrigou o Estado a adotar estratégias como a abertura de mais de 2 mil leitos de UTI e entrega de três hospitais regionais, o Governo do Estado não parou de investir na proteção da saúde dos paranaenses.

Esse combate diário representa um investimento de mais de R$ 1,6 bilhão até o momento, em diferentes fontes de recursos. Somente o Tesouro do Estado empenhou R$ 685 milhões diretamente (43% do total). O restante está em repasses transferidos pela União, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), doações e outras fontes e arrecadações.

Seguindo a determinação do governador Carlos Massa Ratinho Júnior de aplicar os recursos de maneira descentralizada, dentro da estratégia de atender as pessoas perto das suas casas, a Secretaria de Estado da Saúde investiu o dinheiro na construção de hospitais, abertura e remanejamento de leitos de UTI, custeio da rede de apoio nos hospitais privados e filantrópicos, novas enfermarias, contratação de profissionais e a compra de medicamentos, insumos e equipamentos, sempre de maneira organizada e com acompanhamento dos órgãos de controle interno. 

“Não tem como ter sucesso numa pandemia, mas eu acho que o Paraná conseguiu enfrentar melhor do que outras regiões do mundo porque fizemos um enfrentamento técnico, sem fazer da pandemia uma novela”, disse o governador. “Tivemos muito equilíbrio para tomar as decisões. Atuamos de maneira correta, não deixamos faltar nada aos 399 municípios e garantimos o cuidado das pessoas”.

“Em uma pandemia não há fórmula certa, mas tenho plena convicção que aqui no Paraná acertamos na condução da pandemia porque agimos olhando para a saúde dos paranaenses”, acrescentou.

A priorização do investimento em estruturas definitivas em detrimento a postos provisórios, como hospitais de campanha, deixará um robusto legado para a saúde pública do Paraná. Três hospitais regionais (Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava) foram entregues em 2020, seis meses antes do previsto inicialmente. Essas estruturas têm leitos de UTI e enfermarias que servirão de referência para três importantes Regionais de Saúde.

Também houve reforço de alas novas nos hospitais universitários de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa e Maringá, em um investimento que ultrapassou R$ 120 milhões. Eles abriram de maneira definitiva espaços que antes aguardavam por equipamentos e receberam mais leitos de UTI e de enfermaria, respondendo de maneira rápida a demanda das regiões mais populosas do Interior.

E na Capital o Complexo Hospitalar do Trabalhador ganhou um centro exclusivo de atendimento durante toda a pandemia (Hospital de Reabilitação) e mais alas na matriz, o Hospital do Trabalhador, onde ocorreria a cerimônia da primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Estado.

LEITOS

Essa reestruturação significativa refletiu de maneira imediata no número de leitos médicos destinados à população. Antes da pandemia, o Paraná possuía cerca de 1,2 mil leitos de UTI gerais no SUS, número que não crescia há cerca de 30 anos. Para atendimento à Covid-19, em poucos meses o Governo mais que dobrou este número, destinando 2 mil leitos exclusivos apenas para a doença no pico da pandemia no Estado.

A partir de agora, o Ministério da Saúde também habilitou 320 leitos de UTI que estavam destinados exclusivamente ao tratamento da Covid-19 para atendimento geral de maneira permanente no Paraná. As unidades tipo II adulto estão divididas em 21 hospitais de 16 municípios do Estado.

“Muitos leitos que foram criados para atendimento à Covid-19 não possuem garantia de permanência na Rede Estadual devido ao alto custo de manutenção das unidades. Mas algumas ficarão. Essas 320 UTIs, por exemplo, estarão à disposição da população para atendimentos eletivos ou de urgência e emergência”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Na prática, o conjunto de leitos – parte dos 1,4 mil criados e 600 incorporados pelo Governo do Estado para enfrentamento à Covid-19 entre UTIs e enfermarias – serão incluídos definitivamente na Rede Hospitalar do Paraná, e custeados com recursos federais.

“Isso significa que em dois anos de pandemia o Governo não só dobrou o número de leitos disponíveis no Estado todo, como também garantiu um aumento de quase um terço na Rede”, ressaltou Beto Preto. “Nesse momento difícil o Paraná mostrou capacidade de organização da rede de hospitais públicos, privados e filantrópicos, além das unidades menores dos municípios. A pandemia ainda não acabou, mas fizemos a nossa parte baseada naquilo que mais acreditamos: atendimento humanizado e rápido em todas as regiões do Estado”.

PAGAMENTOS

Os espaços criados para atender os infectados pela doença representaram outro ponto importante de investimento. Um relatório da Sesa desses dois anos aponta que o Governo do Estado aplicou R$ 586 milhões para custeio de UTIs e enfermarias. Outros R$ 62 milhões foram destinados para manter o estoque dos medicamentos que compõem o chamado kit intubação nos hospitais.

Veja o orçamento disponibilizado pelo Governo do Paraná para o combate à Covid-19:

2020

Fonte 255 – R$ 231.489.633,10
Fonte 100 – R$ 317.694.872,59
Fonte 263 – R$ 142.459.467,76
Fonte 262 – R$ 525.113,29
Total empenhado: R$ 692.169.086,74

2021

Fonte 255 – União/SUS – R$ 434.190.894,08
Fonte 100 – Tesouro do Estado – R$ 327.670.502,79
Fonte 263 – Transferências recebidas – R$ 96.856.561,20
Fonte 258 – Arrecadação – R$ 14.913.123,18
Fonte 130 – Fundo Estadual de Defesa do Consumidor – Fecon – R$ 4.171.298,62
Fonte 262 – Serviços de saúde remunerados pelo SUS – R$ 259.365,98
Fonte 113 – Fundo Especial de Segurança Pública – Funesp/PR – R$ 9.475,40
Fonte 250 – Diretamente arrecadados – R$ 8.924,20
Total empenhado: R$ 878.080.145,45

2022

Empenhado até fevereiro – R$ 39.719.548,55

Fonte: AEN

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