Patrimônios culturais do litoral

Residir em uma cidade histórica não significa apenas viver em um local rodeado de prédios antigos, os quais abrigam, nas páginas da história, um período de ressurgimento e expansão urbanística.

Poder conferir de perto estruturas tombadas e reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio nacional é entender a relevância de um município para a história cultural do País. E é assim que acontece em cidades litorâneas do Paraná, como Paranaguá, Antonina e Guaratuba.

Na lista dos Bens Tombados pelo Iphan, a qual reúne informações sobre a atuação nos Estados, constam monumentos e espaços públicos do litoral como bens culturais materiais, os quais são classificados por natureza arqueológica, paisagística, histórica, entre outras. E a exemplo disso estão a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, a Igreja de São Francisco das Chagas, a Igreja de São Benedito, e o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da Cidade de Paranaguá. Já em Antonina, está o Centro Histórico, o qual foi tombado em 2012. E, nesta semana, houve obras de restauro entregues em dois monumentos da cidade reconhecidos como Patrimônio Cultural Brasileiro: a Igreja do Bom Jesus do Saivá e a Estação Ferroviária. O investimento total do Iphan foi de quase R$ 3 milhões.

Portanto, há de se reconhecer a riqueza histórica, cultural e artística que a região litorânea abriga, mas que ainda sofre com a falta de cuidados em todas as esferas.

O turismo, forte no litoral, não pode depender apenas do barreado ou do Fandango. Ele precisa ser ressaltado pela conservação de seus casarios e prédios históricos, pela manutenção e pelos cuidados ambientais que devem partir também da própria população. Afinal, um povo que não se preocupa em manter e preservar sua identidade cultural e histórica perde sua cultura e memória.