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Economia

Venda da tainha está em alta e a preço baixo no litoral

Segundo administração do Mercado do Peixe, valor do quilo da tainha está em média a R$ 5,00 sem ova e R$ 8,00 com ova

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Permissionários afirmam que pescado está vindo em grande quantidade da Ilha do Mel

O Mercado Brasílio Abud, popularmente conhecido como Mercado do Peixe, está registrando um alto movimento de consumidores à procura da tainha, pescado tradicional em Paranaguá e no litoral durante o inverno. A alta produção por parte dos pescadores artesanais do litoral paranaense fez com que o preço da tainha caísse. 

O coordenador dos mercados municipais, Fernando José Matoso, ressaltou que o preço do quilo da tainha sem ova está em torno de R$ 5,00, enquanto o pescado com ova está com valor de cerca de R$ 8,00. Além do preço baixo, o que motivou o aumento do movimento, segundo o administrador, foi a 8.ª Festa Nacional da Tainha, que atraiu moradores e turistas não só para a Praça de Eventos Mário Roque, como também para o Mercado Brasílio Abud.

Coordenador do mercado, Fernando Matoso, ressalta que pescado chega da embarcação e já é vendido pelos permissionários 

FARTURA

“Está boa a venda, porque estamos recebendo muitas tainhas, principalmente da Ilha do Mel. Já que neste ano o pescado do Paraná não pode ser vendido em Santa Catarina, a produção está sendo vendida aqui. Os pescadores artesanais de Paranaguá e litoral estão capturando a tainha em grande quantidade, o que acabou baixando o preço do pescado”, afirma o coordenador do Mercado do Peixe, Fernando Matoso, que destaca que o espaço é gerido pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu). 

“O aumento com a Festa da Tainha é perceptível, colaborado pela divulgação da prefeitura, que atrai turistas e moradores na região. O preço que nós temos no Mercado Municipal é um dos melhores da cidade. Acredito que não tenha preço melhor. O produto chega das embarcações e já vêm para venda, onde já se limpa e já se leva para casa”, completa.

Matoso afirma que não há uma previsão exata de quantas toneladas foram vendidas de tainha, porém ele destacou que somente na quinta-feira, 5, uma embarcação de pescadores da Ilha do Mel trouxe quatro toneladas de tainha, e na segunda-feira, 10, cerca de dez toneladas vindas do litoral. “Há um fluxo muito grande de pessoas nas últimas semanas. Na parte da manhã tem muita gente. Muitas vezes temos que fazer uma logística, em virtude da quantidade de pessoas que pedem para que se limpe a tainha, o que gera até mesmo fila no Mercado. O parnanguara e o turista podem vir, que a tainha é a preço justo e com qualidade”, finaliza o coordenador.


Mirian Lisboa Pereira, permissionária do box 31, ressalta que produção alta na Ilha do Mel trouxe somente em um dia seis toneladas de tainha para seu estabelecimento

INVERNO 

Mirian Lisboa Pereira, permissionária do box 31 do Mercado do Peixe, ressalta que a queda no preço colaborou para que a tainha seja ainda mais procurada no espaço. “Há poucos dias a tainha estava a R$ 16,00 com ova, enfim, com um preço um pouquinho mais alto. Agora, houve aumento na produção e as tainhas estão mais baratas, elas são um pouco menores, mais para fritar, mas também há tainhas maiores para rechear e assar. Ainda não dá para dizer o aumento de movimento que tivemos com a Festa da Tainha, mas já percebemos uma vinda grande de turistas nos fins de semana, mas o movimento principal é do morador em Paranaguá, que possui a tradição de comer tainha”, completa.

Ela destacou que somente em um dia chegam cerca de seis quilos de tainha em seu box, principalmente da Ilha do Mel, que estão sendo vendidas em poucos dias, em virtude da alta saída, algo que ela espera que continue. “A tainha é um peixe de época, o pessoal tem que aproveitar”, completa.

João Anildo, morador da Serraria do Rocha, ressalta que preço da tainha está acessível e produto está com qualidade, ressaltando tradição do parnanguara de preparar o pescado em casa

“Eu costumo fazer a tainha na minha casa, faço ela aberta por trás, recheio e faço na folha de banana. O preço este ano está bom, visto a demanda grande e a boa produção. O peixe é de qualidade, está grande e fresco, chega na hora, a gente pega direto do pescador, não tem gelo, não tem atravessador” afirma João Anildo, aposentado, morador na Serraria do Rocha. João afirma ir semanalmente ao mercado comprar peixes e frutos do mar pela qualidade e preço justo. Ainda segundo ele, a Festa da Tainha colaborou com o aumento na movimentação neste período do ano. “É um peixe tradicional do litoral e a procura é grande. Tem que aproveitar a época da tainha, porque depois fica mais caro”, finaliza. 

Na segunda-feira, mais de seis mil tainhas chegaram em uma embarcação vinda da Ilha do Mel, no fim da tarde, em Paranaguá

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