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Economia

Crise atinge o Mercado do Peixe em Paranaguá

Queda na movimentação chegaria a 70%, conforme os permissionários

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Proprietário de um box no Mercado do Peixe em Paranaguá desde 1983, Audemiro Alves Pires tem a experiência necessária para fazer uma afirmação triste, porém verdadeira. Segundo ele, a movimentação de pessoas nos corredores do estabelecimento é uma das piores já percebidas no local. A baixa movimentação só é comparada aos tempos em que a produção pesqueira foi afetada pelos desastres marítimos, ocorridos na baía de Paranaguá, nos anos de 2001 e 2004.

Segundo as constatações de Audemiro, a queda é estimada em 70%, por isso, ele afirma, que algo precisa ser feito para a mudança no panorama atual. “Precisamos agir e rápido”, disse complementando com a ideia de tornar os preços dos produtos comercializados no ambiente visíveis aos olhos dos clientes. “Temos bons preços e isso precisa ser um diferencial, por isso a exposição em uma tabela que fique aos olhos de todos seria algo muito bom. Além disso, não podemos permitir que a venda do pescado sofra a ação dos chamados atravessadores, pois esta situação é prejudicial a todos nós que dependemos das vendas no Mercado do Peixe”, declarou.

 


Audemiro diz que a qualidade dos produtos no mercado precisa ganhar publicidade

 

Para o comerciante, outra iniciativa que deveria ser tomada é a amplitude da publicidade do mercado e da qualidade dos seus produtos, pois, com isso, a mente da população se voltaria com mais frequência para o ambiente onde o camarão branco, a pescadinha e o filé de pescada são adquiridos com o sabor que deles se esperam. “Aqui o peixe é fresco e de grande qualidade e sabor, além disso, o ambiente favorece ao cliente conhecer mais sobre os produtos e como melhor identificar se o produto está ou não está bom para o consumo”, avisou.

Residente na cidade de Morretes, o casal Irineu dos Santos e Maria Virgínia diz que ao menos uma vez por mês decidem ir a Paranaguá e comprar os produtos comercializados no Mercado do Peixe. “É um costume que preservamos porque sabemos da procedência do produto que vai a nossa mesa. Aqui somos sempre bem atendidos e temos uma variedade de opções para levar para a cozinha”, disse a dona de casa.

 


Casal morretense afirma que é uma tradição vir a Paranaguá e levar o pescado local

 

O permissionário Adriano Vidal, que tem oito anos de casa, espera que a realidade mude logo, apesar de que a crise financeira, a qual segundo ele é a responsável pela redução na movimentação no mercado, ainda deve se prolongar. “Temos muitas pessoas desempregadas e isso afeta diretamente o consumo. Diante disso peço às autoridades que ajudem o povo parnanguara a ter mais emprego, pois somente assim vamos deixar de lamentar pela queda brusca em nossas vendas”, finaliza.

 

 

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