Palácio Visconde de Nácar: a história do Brasil imperial em Paranaguá 

 

O Palácio Visconde de Nácar guarda em suas paredes vários trechos da história do Brasil Imperial. Quem caminha por seus corredores ou percorre as escadas íngremes pode notar adornos de uma época que o tempo ainda não apagou. O salão principal recepcionou o imperador Dom Pedro II e sua comitiva quando estiveram em Paranaguá. 

Apesar de estar em abandono, aguardando o projeto de restauro, o Palácio ainda se mantém forte e imponente, apresentando em sua arquitetura materiais que foram implantados há quase 200 anos. Granitos importados, grades inglesas, janelas portuguesas, busto da República e o próprio busto do Visconde de Nácar feito em bronze. Essas peças são pequenos e importantes sinais do poderio do prédio construído para ser a sede do governo da província do Paraná. 

Mas os planos do Visconde não ocorreram como ele esperava, e o majestoso palácio acabou se tornando sua residência e a sede do governo foi fixada em Curitiba.

As iniciais do nome da primeira esposa do Visconde, MCL de Maria Clara Guimarães totalmente feito com mariscos, ainda estão presentes nos bancos do jardim. 

No interior do prédio ainda é possível encontrar resquícios da sala jantar, a qual recebeu a família imperial brasileira. O Palácio ainda guarda em seu interior o cofre que pertencia ao Visconde de Nácar, rico comerciante na época.

Quem foi Visconde de Nácar?

Manoel Antônio Guimarães, o Visconde de Nácar, nascido em 1813, foi até seu falecimento em 1893 o senhor do comércio de Paranaguá, sendo ele o responsável por ter instalado a casa de cobrança de impostos no município. O Visconde morou no palacete e nele recebeu eminentes figuras da Corte que lhe retribuíram com títulos nobiliárquicos, dentre os quais o de Visconde.