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Cultura

Livro conta a história do navio que encalhou em Superagui

Querino Gabriel comandou a operação de salvatagem, em 1970

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O aposentado Querino Gabriel da Silva fez o lançamento do seu livro “Sin Hai II” nesta semana, na Praça Fernando Amaro. O título da obra é referente ao nome do navio pesqueiro chinês que encalhou na Ilha de Superagui há 47 anos.

Gabriel viveu essa aventura na época, ou seja, desafiou até a companhia seguradora que não acreditava que seria possível desencalhar o navio. Destemido, ele e amigos comandaram uma operação corajosa, a qual foi bem-sucedida.

Após 40 anos, Querino Gabriel da Silva documentou a história e ampliou as fotos. Em 2012 realizou uma  exposição com as imagens do navio, incluindo também o diário de bordo, o qual ele mostra com muito orgulho. A mostra aconteceu no Museu de Arqueologia e Etnologia em Paranaguá e ganhou repercussão estadual vindo a ser temas de programas televisivos de documentários.

Aposentado e com mais tempo para se dedicar a esta façanha vivenciada na juventude, passou a divulgar a história. Da exposição surgiu o livro, o qual pode ser adquirido nas bancas de revistas de Paranaguá.

 

O LIVRO

A narrativa relata com detalhes tudo que foi feito para retirar o navio do local. O navio Sin Hay II, de nacionalidade chinesa quando fora encontrado em outubro de 1969 estava com apenas três tripulantes a bordo, dois deles amarrados ao mastro.  Quando levados em Paranaguá, foram identificados: Os amarrados eram o comandante e o maquinista. O terceiro homem, um marinheiro, que, segundo o comandante, assassinou os 22 homens da tripulação, fechando as cabines e ligando a mangueira de gás amônio (usado para congelar os peixes) matando todos por asfixia e intoxicação. O assassino da tripulação foi preso e mandado para a China, sendo  executado. 

Após essa tragédia em alto-mar o navio ficou à deriva vindo a encalhar nas areias desertas de Superagui (Guaraqueçaba). Para se libertar da areia era preciso que houvesse uma maré alta, fato que ocorreu em março de 1970, e assim o navio voltou a navegar. De Superagui, o navio seguiu para Paranaguá e, na sequência, foi para Santos, no litoral paulista sendo entregue para a seguradora. Hoje o navio ainda opera em Portugal.

 

CURIOSIDADE

Uma das curiosidades dessa aventura envolve a âncora que está localizada na Praça da Marinha em Paranaguá. Ela foi retirada do local em 1970 (com autorização do prefeito). Assim conseguiram desencalhar o navio pesqueiro.

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