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Cultura

Artesão produz cestarias trançadas em cipó e mantém cultura viva

Manoel atua no ramo há 65 anos, criando vários produtos

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O artesão Manoel Gomes Araújo tem 72 anos e possui um expressivo trabalho em trançado em cipó. Ele supera as dificuldades manuais em função da artrose e consegue criar vários produtos por semana, os quais variam de acordo com sua imaginação.

Quem passa pelo Mercado do Artesanato às terças e quintas-feiras, percebe seu trabalho que chama atenção pela habilidade. Ele confecciona seus produtos ali mesmo, com tranquilidade e sabedoria de quem tem uma vida inteira dedicada aos trabalhos manuais.

Ele aprendeu aos 7 anos a fazer os trançados em cipó, ao ver seu pai confeccionando peças. “Eu olhava com atenção e comecei a fazer igual. Ninguém me ensinou, posso dizer que aprendi olhando”, contou. Manoel recebe a matéria-prima para o trabalho dos moradores nos sítios de Paranaguá e consegue fazer por dia cerca de duas cestas. Os trabalhos com mais adornos como em formas de galinha e peixes ele leva uma semana para fazer, que são os suportes para pratos ou ovos.

Manoel contou que o trabalho ajuda a complementar a renda. Ele é aposentado e hoje dedica todo seu tempo livre para o artesanato. Muitas pessoas o procuram para fazer encomendas e as vendas variam de acordo com o movimento turístico. Mas nem sempre foi assim. “Antigamente dava até vontade de abandonar tudo porque a gente não vendia quase nada, hoje existe um pouco mais de respeito”, explica.

Ele trabalha no Mercado do Artesanato desde 2015. Antes disso trabalhava em sua casa, na Vila Divineia, e mesmo distante do centro, as pessoas faziam seus pedidos, principalmente para revender em outras cidades do litoral. “As pessoas mais antigas sabem onde me encontrar porque eu sempre trabalhei com trançado. Seu Natalício, um grande amigo, comprava de mim para vender em São Paulo, todos os anos eu fazia muitos produtos para ele”, contou.

 

 

O artesão é o que possui mais tempo em atividade neste segmento no litoral. São 65 anos trabalhando sem parar, mesmo tendo atuado em outras atividades, Manoel nunca deixou de fazer suas criações artesanais.

“Espero que com a temporada de verão que está chegando  aumentem as vendas porque ultimamente está fraco, mas todos os dias vendemos alguma coisa. No sábado e domingo, as vendas sempre aumentam, mas eu não fico aqui no box, quem abre para mim é a dona Celina. Fim de semana eu fico em casa fazendo mais cestarias”, contou ele, que produz intensamente, seja em casa ou no local de trabalho. O artesão pode ser encontrado no mercado da Rua General Carneiro. Ele produz cestas, abajures, chapéus e outros produtos, conforme o pedido.  

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