Viva a Felicidade

Uma conexão compassiva com nós mesmos

Na coluna da semana passada fiz uma menção de carinho e força ao querido povo do Rio Grande do Sul, diante de um cenário tão doloroso que comoveu a todos

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Na coluna da semana passada fiz uma menção de carinho e força ao querido povo do Rio Grande do Sul, diante de um cenário tão doloroso que comoveu a todos. E no meio de tanta destruição e sofrimento, a presença de heróis, de corações generosos, de mãos estendidas para ajudar quem mais precisa. Como é sublime a compaixão!

 E hoje a nossa reflexão vem trazer essa proposta de compaixão, porém num viés inverso, da conexão compassiva que se faz necessária em nós mesmos, um momento de encontro, cura e libertação. O sentido vem de que jamais conseguiremos curar alguém se não estivermos curados. É preciso olhar para dentro e conseguir enxergar a beleza que temos, nossos significados e talentos, é preciso praticar menos violência com si próprio, entender que somos seres imperfeitos e que também merecemos a autocompaixão e o perdão. Segundo o grandioso autor Marshall, o verbo “dever” nos traz um enorme perigo, pois aliena culpa e medo, num viés de perfeição que não existe em nossa condição humana. Aqui fica evidente que cada vida tem sua regra própria, que cada um tem a liberdade de fazer suas escolhas, se enxergar e priorizar mais nesse sentido, levando em consideração o que realmente importa para si, fazendo uma limpeza interior de tudo aquilo que traz toxinas para o viver.

Nós devemos buscar assim em nós um lugar sagrado, a beleza de que está em nós, a busca pela paz. É preciso reconhecer a fraqueza para ter a força, assim como um terapeuta não poderá esquecer das próprias feridas curando os outros.

Como nos aponta Clarice Lispector em seu poema “Há Momentos”: Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz.  As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.  A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre.  E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.  Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar, porque um belo dia se morre”.

Hoje a compaixão deve ser oportunizada a você mesmo, portanto ofereça, aceite e Seja Feliz!

Uma conexão compassiva com nós mesmos

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Uma conexão compassiva com nós mesmos

Welington Frandji

Welington Frandji é um administrador público, pedagogo, vereador, professor, coach, mentor e palestrante. Ele possui graduação em Administração, Comércio Exterior, Matemática e Pedagogia, além de ser mestrando em Educação Profissional pelo IFPR e várias pós-graduações em áreas como gestão de treinamento e desenvolvimento de pessoas, psicopedagogia, educação em direitos humanos, espiritualidade, aconselhamento e orientação espiritual. Também é ministro da Eucaristia e coordenador de liturgia no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio, membro do Rotary Club de Paranaguá Rocio e tem mais de quinze anos de experiência como gestor de pessoas. Wellington já recebeu seis prêmios como Servidor Destaque da Prefeitura de Paranaguá e três prêmios como Melhor Vereador de Paranaguá. Suas palestras já impactaram mais de 3.000 pessoas.