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Viva a Felicidade

A felicidade na incerteza da vida

Na última coluna contemplamos grandiosos ensinamentos do renomado antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin

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Na última coluna contemplamos grandiosos ensinamentos do renomado antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin, numa importante reflexão sobre as ilusões que permitimos em nossas vidas, em vinculação com as diversas complexidades que a contemporaneidade nos apresenta, nos guiando muitas vezes para caminhos pedregosos, na necessidade urgente de voltarmos mais nossas atenções para a nossa condição humana.

O referido autor enfatiza que adentramos na “era das grandes incertezas”, afirmando que embora não se possa conhecer o imprevisível, é possível prever a eventualidade. Completa dizendo que: “a vida é uma navegação em um oceano de incertezas, através de ilhas de certezas. Embora oculta ou removida, a incerteza acompanha a grande aventura da humanidade, cada vida individual. Porque cada vida é uma aventura incerta: não sabemos primeiro aquilo que nos espera, nem quando a morte chegará. Todos fazemos parte dessa aventura, repleta de ignorância, desconhecido, loucura, razão, mistério, sonhos, alegria, dor.

Na visão de Morin, um cenário de tantas incertezas nos direciona para um cenário de muitas crises, incluindo obviamente a conhecida “crise existencial”, que conforme o autor nos obriga a questionar nosso modo de vida, nossas verdadeiras necessidades, aspirações encobertas pela alienação da vida cotidiana, que nos desvia da nossa real essência e da verdadeira felicidade.

Em sua concepção a crise deveria, sobretudo, abrir nossas mentes, há bastante tempo reduzidas ao imediato, ao secundário e ao frívolo, para o essencial: a importância do amor e da amizade para nosso florescimento pessoal, para a comunidade e para a solidariedade de nossos “eus” nos “nossos”, para o destino da Humanidade, dentro da qual cada um de nós é uma mera partícula.

Finalizo com trechos do poema “Sobre janelas e incertezas”, o qual nos apresenta uma instigante narrativa: “As venezianas estavam abertas e eu olhava a paisagem através do vidro, sem poder alcançá-la”. “Mais uma vez me deparei com as limitações que o fato de eu ser humana me trazia. Eu jamais poderia saber a resposta para todas as perguntas ou ter certeza das coisas que me cercavam. Esse pensamento causou-me grande angústia. No entanto, logo me entreti com uma luz no céu, de fonte desconhecida, que me fez substituir a angústia por um sentimento de inquietação e curiosidade”.

Na incerteza da vida encontramos a certeza da Felicidade!

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