Nossa última coluna contemplou uma exposição sobre o ato de “ouvir”, no desafio que encontramos na sociedade contemporânea pela imposição da fala e da razão. Nunca é demais compartilhar a grandeza poética do escritor Rubem Alves que enfatiza: “Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”.
E fazendo essa ligação do “ouvir com o coração” e do “tocar a alma”, eu introduzo a nossa temática de hoje, que é de celebração, a uma data tão especial que é o dia das mães.
Apresento trechos do poema “A força de uma mãe”, extraído do livro “Poesia que transforma” do sempre iluminado escritor Bráulio Bessa:
A força de um coração
que bate só pra amar
que pode nos acalmar
num simples toque de mão.
A força da proteção
daquele abraço bem quente
que planta e rega a semente
de um amor puro e profundo.
A maior força do mundo
é o amor que uma mãe sente.
A força de quem sorri
mesmo quando quer chorar.
Que escolhe se machucar
pro mundo não nos ferir.
Que nem pensa em desistir
não importa o que se enfrente
ela estende a mão pra gente
até no poço mais fundo.
A maior força do mundo
é o amor que uma mãe sente.
É a força do cuidado,
do perdão, da paciência,
força da alma, do corpo,
do suor, da resistência,
a força de curar tudo
sem precisar de ciência.
É a força de ser única
e nunca nos deixar só.
Se preciso, passa fome
pra nos dar o que comer.
É preciso ser tão forte
pra dizer “não” por amor
pra sentir na pele a dor
quando a gente sofre um corte.
Mais forte que a própria morte,
mãe é forte eternamente
no coração e na mente
ninguém esquece um segundo.
A maior força do mundo
é o amor que uma mãe sente.
Na plenitude da felicidade, mãe é o próprio significado do amor, presença de Deus, na completude da nossa existência e no sentido das nossas vidas.
Para as nossas mães todas as nossas infinitas homenagens, alicerçadas pela entrega dos nossos corações alimentados de carinho e gratidão.