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Valmir Gomes

Noites Estreladas

Nem no mais criativo dos pensamentos passou por minha cabeça dias como os que estamos vivendo.

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Nem no mais criativo dos pensamentos passou por minha cabeça dias como os que estamos vivendo. Jamais imaginei uma semana sem futebol, fosse pelo motivo que fosse. Muito menos os atletas e profissionais, presos nas suas próprias residências. Parece um filme de ficção, quem sabe o grande Fernando Meirelles fazendo das suas, nas artes cênicas. No nosso quintal, o Rio Branco dispensou todo mundo, no início da pandemia. Alguns acharam ruim, depois constataram que os diretores estavam coberto de razão. Na capital, quase ninguém fala de futebol, todos estão aguardando pelo melhor, e olhem que já faz tempo. Os diretores e profissionais da bola são pessoas que estão procurando um caminho para o desfecho feliz da quarentena. Os hábitos foram mudados e as noites estreladas estão servindo de aprendizado para todos nós.

O PELÉ DAS ARAUCÁRIAS

Parece que foi ontem, em pleno Couto Pereira, numa noite de décadas passadas, o Coritiba passava trabalho para furar o bloqueio defensivo do União Bandeirantes. Até que por volta da metade do segundo tempo, um escanteio favoreceu o time do alto de tantas glórias. Na defesa do União estava até o presidente Serafim Meneguel, não havia espaço para nada. Batido o escanteio, a bola veio rasteira em direção ao Zé Roberto, marcado por todos os lados. Pensamento rápido de verdadeiro craque, fez a única jogada possível naquela situação. Deu um toque de calcanhar na bola em direção ao gol e saiu para o abraço. Eu vi, ninguém me contou. Mais uma jogada cerebral do Zé, o Pelé das Araucárias.

TOINHO O GOLEIRO SEGURO

Conheci Toinho, o goleiro do Pinheiros, num jogo qualquer, não me chamou atenção, com o tempo vieram as grandes conquistas, suas atuações eram seguras, sem estardalhaço algum. Acompanhei o Pinheiros como comentarista longo tempo, nunca presenciei uma falha pessoal do goleiro Toinho. Incrível! Jogou de 1985 a 1988 sem jamais tomar um frango. Um dia conversando com o técnico Otacílio Gonçalves da Silva Junior, fiquei sabendo que além da regularidade Toinho sabia ler o jogo, ou seja, comandava o posicionamento do time em campo com sabedoria. Antônio de Pádua Soares o Toinho, foi um goleiro da melhor qualidade. Onde estiver, vida longa ao Toinho.

TRIBUTO AO TATÁRA

Sem falar com ninguém da diretoria do Rio Branco, organizava um show com o Tatára em benefício do Leão da Estradinha, após a pandemia. Lógico ia apresentar o grande cantor e compositor aos diretores, onde trataríamos de data e local do evento. Tudo na maior transparência possível. Infelizmente, Tatára faleceu, fica a ideia para depois da tempestade, quem sabe um tributo ao artista. Se acharem interessante, prometo ajudar sem ônus algum.

O CAPITÃO DO TIME

Sou da área esportiva, porém sou brasileiro e não sou alienado, acabo de ouvir o pedido de demissão do Ministro da Justiça Sergio Moro. Não entro no mérito do fato, usando a linguagem do futebol, perdemos nosso grande capitão. Que Deus ilumine nosso Brasil.

UM MOMENTO DE FÉ

Recebo inúmeras mensagens de otimismo no enfrentamento da crise causada pelo Coronavírus. Algumas religiosas outras não, porém todas com a melhor das intenções. Não interessa onde esteja, muito menos a religião, o interessante é você crer em algo superior. Os antigos, como eu, dizem: “A fé move montanhas.” A fé vem de dentro, é invisível, porém tem a força do vento. Fé minha gente.

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