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Semeando Esperança

O Bom Pastor dá a vida

“Eu sou o Bom Pastor.” É desse modo que contemplamos Jesus neste Domingo, o 4º da Páscoa: João 10,11-18

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“Eu sou o Bom Pastor.” É desse modo que contemplamos Jesus neste Domingo, o 4º da Páscoa: João 10,11-18. Após sua morte e sepultura, no primeiro dia da semana, o Domingo, Jesus se mostrou vivo a Maria Madalena e às demais mulheres e, depois, aos apóstolos e aos outros discípulos. Quando naquelas vezes disse “Vejam, sou eu” sempre lhes mostrou as mãos e o lado traspassados pelos pregos e a lança, ou seja, os sinais de sua crucifixão. Há, pois, uma identidade entre aquele que foi pregado na cruz, morreu e foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia e apareceu aos discípulos, e hoje se revela o Bom Pastor.

Jesus, o Bom Pastor, contrasta com os mercenários. “O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” e não as abandona diante dos perigos, como fazem os mercenários – que trabalham apenas por interesse financeiro “e não se importa com as ovelhas”. Esse contraste retoma a profecia de Ezequiel, capítulo 34. À época do profeta – cerca de 593 antes de Cristo – o nome pastor era dado aos chefes do povo. A esses dirige-se a profecia, pois eles não cuidavam do povo, apenas pensavam em tirar vantagem de sua posição. Usavam o poder a serviço de si mesmos e de seus próprios projetos: alimentam-se com o leite e se vestem com a lã das ovelhas; sacrificam as mais gordas, mas não cuidam das mais abatidas; não curam a doente e nem se preocupam com as que se acidentaram; não vão atrás da ovelha desgarrada nem buscam a que se perdeu; dominam sobre as ovelhas com dureza e violência (Ezequiel 34,2-4). Imagem profética tão antiga e sempre atual!

Jesus, pelo contrário, dá a vida por suas ovelhas. O caminho para compreender com a mente, o coração e espírito esse dar a vida passa pela cruz: entregou a vida, amou-nos até o fim. É, pois, um amor que não conhece distâncias e nem se recusa a sacrificar-se pelo(a) outro(a). Amor de quem compromete a própria vida para poder cuidar e defender a vida de quem ama. Amor que supera barreiras e, neste tempo de pandemia, simplesmente ama a pessoa doente e necessitada de cuidados. Esse amor gera identidade – somos o rebanho do Senhor, o seu Povo – mas, não barreiras, nem autossuficiências e nem exclusões. “O amor, que é a vida divina comunicada pelo Pai na doação do Filho, verifica-se na comunidade dos fiéis batizados, confessantes e unidos. Mas não se restringe a essa comunidade. Não só porque existem outras comunidades, mas porque a salvação é para todos” (Johan Konings). Ele, Jesus Cristo, se entregou pelos nossos pecados e pelos de todo o mundo (1João 2,2).

Bem que poderíamos compreender que o mundo fica mais habitável, saudável, bonito e melhor quando nos deixamos inspirar pelo o amor do Bom Pastor, que cuida e dá a vida por todas as pessoas, incluídas as normalmente invisíveis, sofredores e descartáveis, a fim de que tenham vida e vida em abundância, com alegria e paz. É tempo de cuidar com amor uns dos outros.

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