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Semeando Esperança

Lázaro, vem para fora!

O nosso cotidiano ficou marcado pelo acompanhamento dos boletins atualizado a respeito da pandemia do novo coronavírus – Covid 19.

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O nosso cotidiano ficou marcado pelo acompanhamento dos boletins atualizado a respeito da pandemia do novo coronavírus – Covid 19. Normalmente, fala-se de números, poucas vezes de pessoas concretas que estão padecendo os efeitos dolorosos desta pandemia. Algumas vezes apresentam que saíram da crise e venceram o Covid-19. Vemos nos boletins, portanto, o número dos mortos, dos infectados, dos que estão sendo acompanhados e, finalmente, dos que foram liberados, porque era apenas uma suspeita. Assim, nos damos conta de que morte e seus sinais, tínhamos tentado esconder, está obrigatoriamente diante dos nossos olhos. E como uma possibilidade real de nos alcançar.

Parece que estávamos submetidos a um estilo de vida tão asfixiante que não tínhamos “tempo” para viver calorosamente as nossas relações. Éramos fascinados por mil atrativos e nos corroía uma necessidade incrível de estar atualizados, de comprar, consumir, possuir. Talvez as pessoas concretamente contavam pouco para nós, oprimidos por uma visão demais individualista e muito egoísta do: “os outros que se virem”.

E agora que apareceu na terra essa “criaturinha” chamada Covid-19 e colocou nossas vidas de cabeça para baixo, como estamos vivendo? Mudará alguma coisa em nós e na sociedade?

O Evangelho deste 5º Domingo da Quaresma – João 11,1-15 – pode lança luzes sobre a esta realidade, apresentando-nos a ressurreição de Lázaro. Jesus arrancou seu amigo das garras da morte e o fez viver novamente. Diante do medo da possibilidade concreta da morte, deixemos ressoar no mais profundo de nós mesmos a Palavra de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11, 25-26). Acolhamos igualmente a pergunta de Jesus a Maria, irmã de Lázaro: “Crês nisto?”

Penso que este tempo de crise agirá como um crisol: derreterá o que parecia sólido e seguro, importante e irrenunciável, e será uma oportunidade para “evidenciar as boas qualidades de um indivíduo”, mas também da família e da sociedade. Gente capaz de pensar novamente nas outras pessoas, no bem comum e no cuidado com a natureza. Estamos sendo novamente chamados à vida, a sair dos nossos “túmulos”: “Lázaro, diz Jesus, vem para fora”, deixe-se iluminar, caminhe de novo.

É um tempo de crise: “fase difícil, grave”, um “momento perigoso”, mas também “decisivo”. É tempo de reacender em nós a esperança. E, como nos ensina o Papa Francisco (28/12/2016), “a esperança faz entrar na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz”.

Lembremo-nos de que continua necessário seguir atentamente as orientações dadas pelas autoridades competentes do Ministério da Saúde – como reza o decreto presidencial 10.292 (art. 3º § 1º), de 25 de março de 2020 –, que indicam o distanciamento social como uma forma de conter o avanço da pandemia.

Nosso agradecimento sincero aos médicos e a todos os profissionais da saúde por sua dedicação, conscientes dos riscos a que estão expostos ao cuidar dos enfermos. Nossas preces também por aqueles que em todos os níveis governamentais devem tomar decisões para conter o avanço do novo coronavírus e para cuidar da população.

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