Entramos em 2023 com um ar de esperança. A cor da esperança é verde e esta preocupação com o “verde” parece que está na pauta da política nacional. Domingo passado vimos na posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma mensagem clara de que o meio ambiente deixou de ser secundário e passa a integrar uma das vértebras da espinha dorsal da gestão pública brasileira. Em todos os seus discursos, Lula foi enfático com este tema.
Este fato anima não só a nós, estudiosos do tema, mas o mundo todo pois o maior ativo de nosso país é a nossa biodiversidade. E antes que haja julgamento sobre a questão econômica envolvida com o agronegócio, vale lembrar que este não sobrevive sem aquele. Sem floresta não há água e sem água não há agricultura. Se o mundo do agronegócio não preservar as nascentes e matas ciliares problemas cada vez serão mais frequentes. Este desafio de conciliar os interesses econômicos com a proteção e/ou preservação ambiental pode ser o maior legado do atual governo.
Neste momento o Brasil volta a dialogar com o mundo na posição de liderança. A nomeação de Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente sinaliza ao mundo que estamos no jogo para garantir que faremos a nossa parte. Esperamos em breve que as estruturas do Ibama e do ICMBio sejam recompostas e a discussão das mudanças climáticas passe a ser política pública efetiva.
Nos estados também aguardamos ansiosos para que esta “onda verde” nacional chegue logo. Primeiro com nomeações políticas e técnicas para os cargos de direção de órgãos ambientais. Não há como termos gestões eficientes sem conhecimento de causa. Se o indivíduo não sabe diferenciar um pé de milho de uma araucária ou acha que mudança climática é lenda, não está apto para o cargo. Se achar que restinga é mato então… Piora a situação. Vamos em frente com esperança renovada e muita coragem. Feliz 2023 e fé!