As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 349,5 mil toneladas em março, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal. O número é 2,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 340,5 mil toneladas. A receita dos embarques chegou a US$ 552,5 milhões, número 1,7% inferior ao registrado em março de 2019, quando foram obtidos US$ 562,2 milhões. No acumulado do ano, foram exportadas 1,021 milhão de toneladas, volume 8,8% maior que as 939 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado. A receita trimestral ficou em US$ 1,635 bilhão, número 6% maior que o saldo relativo a 2019, com US$ 1,542 bilhão.
Exportação de carne suína
Já as exportações brasileiras de carne suína totalizaram 72,1 mil toneladas em março, resultado 31,45% acima do registrado no mesmo período de 2019, quando foram embarcadas 54,8 mil toneladas. O saldo cambial das exportações de março alcançou US$ 166 milhões, número 56,1% maior que o efetivado no mesmo mês do ano anterior, com total de US$ 106,3 milhões. No ano (janeiro a março) os embarques do setor chegaram a 208 mil toneladas, número 32% acima do obtido no primeiro trimestre de 2019, quando foram exportadas 157,5 mil toneladas. Em receita, houve aumento de 62,6%, com US$ 485,1 no primeiro trimestre deste ano, contra US$ 298,3 milhões nos três primeiros meses do ano passado.
Dobrou a venda
De acordo com o banco BTG, as
exportações de carne suína foram novamente o principal destaque do trimestre
entre as proteínas, com volumes trimestrais e preços em dólares avançando 34% a
/ a e 2% a / a, respectivamente. As vendas em reais foram 97% maiores a/a no
primeiro trimestre, enquanto os spreads avançaram 5% m/m em março para um nível
11% acima da média. No geral, os dados de exportação do primeiro trimestre
sugerem que a demanda no exterior por proteína brasileira permanece forte e que
os impactos do surto de covid-19 até agora foram limitados. Os analistas
acreditam que essa tendência deve melhorar daqui para frente, à medida que a
China se acelera gradualmente.
Ovos com maior preço
As cotações dos ovos atingiram o maior patamar real da série história do Cepea/USP, iniciada em 2013 para o produto. Esse cenário está atrelado à demanda pela proteína, que segue bastante alta, e à oferta, que está menor devido ao número de pedidos ter superado a produção das granjas. Além de o período de quaresma tradicionalmente impulsionar a procura por ovos, a preocupação da população com uma possível falta de alimentos nas próximas semanas, por conta da pandemia de Coronavírus, tem levado mercados atacadistas e varejistas a aumentar seus pedidos. Segundo pesquisas do Cepea, o ovo branco tipo extra teve preço médio de R$ 116,84 por caixa de 30 dúzias na quinta-feira, 2, alta de 3% em sete dias. Para os ovos vermelhos, as valorizações têm sido ainda mais intensas.
Convênio prorrogado
A renovação do prazo de vigência do convênio 100/97 foi aprova pelo Conselho Nacional de Política Fazendária. O colegiado, formado por secretários de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal, decidiu pela prorrogação até dezembro de 2020. O antigo prazo de vigência era 30 de abril de 2020. O Convênio 100 reduz a base de cálculo do ICMS de determinados insumos agropecuários nas transações interestaduais. O benefício concede redução de 30% do imposto em fertilizantes e sementes e de até 60% em defensivos agrícolas. A renovação do convênio 100 é frequentemente debatida pelos membros do Confaz.
Produção de petróleo e de gás
A Agência Natural do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis divulgou boletim mensal da produção de petróleo e gás natural referente a fevereiro. Neste mês, foram produzidos de 3,783 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 2,972 milhões de barris por dia de petróleo e 129 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Com relação a janeiro, a produção de petróleo reduziu 6,2% e aumentou 19,4% na comparação com fevereiro de 2019. Já a de gás natural reduziu 7,1% em relação a janeiro e aumentou 17,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com os dados da ANP, a queda na produção de petróleo e gás natural em comparação com o mês anterior foi provocada principalmente pela ocorrência de paradas programadas e outras necessárias para a mitigação de riscos de segurança operacional em algumas instalações.
Queda na economia
A crise desencadeada pela covid-19
pode levar à queda da economia (PIB) da América Latina e do Caribe de, pelo
menos, 1,8%, em 2020. A Cepal divulgou a previsão no relatório “A América
Latina e o Caribe diante da pandemia de covid-19: efeitos econômicos e
sociais”. Antes da chegada da covid-19, a Cepal previa que a região
cresceria no máximo 1,3% em 2020. Entretanto, os efeitos da crise levaram a
mudar essa previsão e a prever uma queda do PIB de pelo menos 1,8%, embora não
se possa descartar que se chegue à retração entre 3% e 4%, ou até mais. Para a
Cepal, o impacto econômico final dependerá das medidas tomadas nos níveis
nacional, regional e global. Segundo o relatório, a crise da covid-19 terá
efeitos econômicos diretos nos sistemas de saúde e nas taxas de mortalidade, e
efeitos indiretos, que se materializarão no lado da oferta e da demanda na
economia.
Compra com cartões
As compras com cartões de crédito e débito estão em queda diante da crise causada pelo novo covid-19 no Brasil, indica pesquisa feita pela Elo, empresa de cartões de crédito e débito. Segundo a pesquisa, transações com os dois tipos de cartão caíram no período da quarentena, principalmente nos setores de postos de combustíveis (-31%), bares e restaurantes (-59%), vestuário (-78%) e turismo (-80% ). Enquanto isso, houve aumento nas vendas com débito e crédito em supermercados (25%) e farmácias (10%). A análise verificou as alterações nos padrões de gastos com cartões de 19 de março a 1º de abril e comparou com as vendas do período de 5 de janeiro e 22 de fevereiro, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nas compras em geral, houve queda de 21% nas vendas feitas com cartão de débito e 36% nas feitas com cartão de crédito.
Produção de veículos
A produção nacional de veículos caiu
21,1% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os resultados
foram divulgados na última segunda-feira, 6, pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores e apontaram o impacto da pandemia do Coronavírus
no País. Foram produzidas 189.958 unidades, contra 240.763 no mesmo período de
2019. Em relação a fevereiro deste ano, quando foram feitos 204.200 exemplares,
a queda foi de 7%. Já no acumulado de janeiro a março, a redução foi de 16%.
Para o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a queda não foi causada por
falta de componentes, mas diretamente pela parada da produção. No mês de março,
praticamente toda a indústria automotiva brasileira suspendeu suas operações
como prevenção à Covid-19.
Vendas de máquinas
A Anfavea também divulgou que as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias pela indústria a concessionárias no Brasil saltaram 10% em março quando na comparação com mesmo mês do ano passado, enquanto também avançaram fortemente ante fevereiro. Os dados mostraram vendas de 4,1 mil unidades desses equipamentos no mês passado, o que representa alta de 46% frente a fevereiro. Já as exportações de equipamentos desses setores em março deste ano somaram 980 unidades, com queda de 11,9% ano a ano, mas avanço de 18,9% na comparação com fevereiro. A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias no país, por outro lado, somou 4,1 mil unidades em março, com queda de 7,7% frente ao mesmo mês ao ano anterior. Na comparação com fevereiro, houve aumento de 14,9%.
Abertura de mercado
O Escritório Nacional de Segurança Sanitária dos Alimentos do Marrocos autorizou a importação de pintos de um dia e ovos embrionados provenientes do Brasil, informou o Ministério da Agricultura à Associação Brasileira de Proteína Animal. O pedido de exportação ao mercado do norte da África foi apresentado pela ABPA ao ministério em 2019. A viabilização dos embarques dependia da constituição de um Certificado Zoossanitário Internacional, o que foi finalizado pelas autoridades brasileiras e marroquinas este ano.
Aviões cheio
Seis aviões carregando mais de 4 mil porcas matrizes de alta qualidade da França chegaram à China, sendo os primeiros de dezenas de aviões cheios de animais que devem aterrissar no país asiático, à medida que o maior produtor de carne suína do mundo reconstrói seu recém dizimado cartel. A China está acelerando as importações dos animais conforme corre para reabastecer o mercado, depois de um surto de peste suína africana assolar o país a partir do final de 2018, matando dezenas de milhões de porcos e reduzindo as criações em até 60%. A alta nos preços da carne suína e o esforço do governo para reconstruir o cartel levaram produtores que haviam parado de comprar a retomar pedidos, chegando a dobrar alguns contratos que foram assinados antes de a doença se manifestar. Cada carregamento é avaliado em até US$ 1,6 milhão.
Redação
ADI-PR Curitiba
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