No Paraná, a safra de grãos 2019/20 se encaminha para o final com a colheita da segunda safra e dos cereais de inverno. A expectativa de produção aponta para um volume total de 41,01 milhões de grãos que serão colhidos no Estado, que representa um acréscimo de 5 milhões de toneladas em relação à safra anterior (18/19), que somou 36 milhões de toneladas de grãos. Esse será o resultado das três safras cultivadas no Estado, a de verão, segunda safra, e de inverno, conforme estimativa do Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, divulgada na última sexta-feira, 31. O resultado final da safra 19/20 foi alavancado pelo desempenho das lavouras de soja e feijão na primeira safra, da segunda safra de milho e das culturas de inverno que ainda estão a campo, com bom desenvolvimento.
Trigo paranaense
O Boletim Semanal de Conjuntura, referente à semana de 27 a 31 de julho, elaborado por técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, destaca a boa previsão de safra para a cultura do trigo no Paraná. A área, de 1,13 milhão de hectares, já está toda semeada no Estado. Nela, espera-se uma produção de 3,7 milhões de toneladas, o que traria o Paraná novamente para a liderança desse cereal no País. De acordo com o boletim, terminar o mês com estimativa de safra cheia é positivo, pois as geadas poderiam ter comprometido a produção. O documento também destaca que o produtor recebeu R$ 57,44 por saca vendida no Paraná, com valorização de 25% frente ao mesmo período do ano passado. Isso motivou a comercialização antecipada do trigo, que chegou a 15% do volume previsto.
Uega exporta para a Argentina
A Usina Elétrica a Gás de Araucária – UEGA, sociedade entre a Copel e Petrobrás, iniciou segunda-feira (27) o despacho de energia da sua planta termelétrica, com o objetivo de exportação para a Argentina. Através do contrato de compra e venda de energia elétrica para exportação firmado com a comercializadora de energia Tradener, a UEGA exportará energia até final de julho, e continuará a realizar ofertas semanais frente a necessidade da demanda argentina. Em decorrência do rigoroso inverno argentino, o consumo de energia tem sido elevado pela necessidade de aquecimento das residências e locais de trabalho, fazendo com que os argentinos prefiram importar energia do Brasil ao ligar térmicas mais caras existentes no país.
Setor de máquinas
O setor de máquinas e equipamentos teve queda de 12,4% na receita líquida do mês de junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em maio, a redução foi de 14,1% e, em abril, foi de 25,6%. Com isso, o segundo trimestre do ano encolheu 17,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a junho, o faturamento do setor encolheu 8,5%. Apesar da redução em junho, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) ressalta que os últimos resultados têm apontado para uma queda menos brusca da receita, com apoio no faturamento de vendas no mercado interno. “Em junho, as receitas internas encolheram 10,1% na comparação interanual, queda menos densa que a observada em maio (14,9%) e abril (26,5%)”, divulgou a entidade.
Volvo e Marcopolo
O Transmetro, sistema de ônibus rápidos da Cidade da Guatemala, amplia ainda mais a capacidade de atendimento aos passageiros que embarcam diariamente nas linhas de transporte público da capital do país. Com o novo lote de 20 unidades, o Transmetro, sistema de ônibus rápidos da Cidade da Guatemala, amplia ainda mais a capacidade de atendimento aos 415 mil passageiros que embarcam diariamente nas linhas de transporte público da capital do país, uma das maiores metrópoles da América Central. Os novos veículos são do modelo Volvo B340M articulado, com motorização Euro 5, padrão de emissões acima do exigido pela legislação da Guatemala. “Com as novas entregas serão 116 Volvo rodando no BRT, com 57% de participação da marca na frota de veículos pesados da cidade”, diz Alexandre Selski, diretor de vendas estratégias e responsável pelos importadores da Volvo Buses na América Latina.
Argentina e China
A Argentina está se aproximando de um acordo inicial com a China que pode abrir caminho para potenciais investimentos do gigante asiático na produção local de carne suína para exportação, segundo o subsecretário de Comércio e Promoção de Investimentos argentino Pablo Sivori. O acordo pode eventualmente resultar em criações de porcos apoiadas pela China no país sul-americano, em momento em que Pequim tenta diversificar sua oferta de carne suína depois de os rebanhos locais serem dizimados pela peste suína africana. Um memorando de entendimento pode ser assinado com a China nas próximas semanas. O chanceler argentino Felipe Sola havia afirmado no início deste mês que investimentos chineses podem ajudar a Argentina a ampliar de forma acentuada sua produção de carne suína. “Nós já concordamos com o conteúdo do memorando”, disse Sivori.
Peste avança na China
Inundações no sul da China têm despertado temores quanto ao risco de ressurgimento de surtos da peste suína africana, o que poderia retardar a renovação dos rebanhos de porcos no país, o maior do mundo. Desde junho, chuvas torrenciais persistentes vêm provocando as piores inundações em décadas nas áreas ao longo do rio Yangtzé. Em vários locais, os alagamentos fizeram propriedades submergir, afogaram suínos, adiaram a construção de novas fazendas e obrigaram criadores a abater animais, de acordo com pesquisa realizada por uma associação setorial. Os criadores foram mais atingidos nas províncias de Hubei, Jiangxi, Hunan e Anhui, onde há cerca de 20 milhões de porcos – mais da metade em pequenas fazendas, segundo a pesquisa. O rebanho de suínos na China estava em 340 milhões de cabeças no fim de junho.
Brasil melhor na fita
Grandes mercados emergentes cujo crescimento da economia depende menos da demanda global, como o Brasil, podem ter performance melhor na retomada uma vez que a crise sanitária arrefecer, com implicações positivas para os resultados fiscais mediante uma política econômica favorável, avaliou a agência de classificação de risco Moody’s em relatório divulgado na última quinta-feira, 30. A agência projeta declínio de 6,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano, conforme previsão do fim de junho. Ainda de acordo com a Moody’s, o Brasil verá queda na proporção dos juros da dívida em relação às receitas em 2020, sendo um dos poucos países nessa lista, que conta ainda com Argentina. No relatório desta quinta, a Moody’s lembrou que as taxas de juros no Brasil vêm caindo nos últimos anos.
Governo libera registro
O Ministério da Agricultura publicou na última sexta-feira, 31 a liberação de mais 38 agrotóxicos genéricos para o uso dos agricultores. Já são 235 novas autorizações publicadas em 2020. Do total, segundo o ministério, são 25 agrotóxicos químicos e 13 biológicos. Em relação ao ritmo de liberação, as autorizações feitas em 2020 perdem apenas para 2018 e 2019, quando o governo registrou a maior quantidade de produtos. Entre os produtos químicos registrados destaque para 1 registro do herbicida glifosato, o mais vendido do mundo e associado por estudos ao câncer, e 1 para o também herbicida atrazina, que foi banido da União Europeia por risco de contaminação de lençóis freáticos.
Média mensal
Na parcial deste mês (até o dia 29), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista, à vista) registra média de R$ 220,76, avanço de 5,2% na comparação com a média de junho, e recorde real da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (Cepea), iniciada em 1994, considerando-se apenas os meses de julho. De acordo com pesquisadores do Cepea, o avanço no mercado nacional é explicado pela combinação de exportações brasileiras aquecidas, beneficiadas pela intensa demanda chinesa, e pela oferta restrita de animais no pasto, evidenciada pelo menor número de boi gordo abatido no início deste ano desde 2011.
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br