A Cooperativa Castrolanda completou na última segunda-feira, 30, 69 anos de história. A data remonta a chegada dos primeiros grupos de imigrantes holandeses que vieram ao país e deram início ao desenvolvimento da cooperativa no Paraná. Nestas quase sete décadas de história, e como resultado de investimentos assertivos e trabalho de cooperados e colaboradores, a Castrolanda tem alcançado resultados expressivos. No mês de novembro, pela primeira vez na história, a cooperativa superou a barreira dos R$ 4 bilhões de faturamento. A data também marca a reinauguração da sede administrativa, em Castro. Após um ano e nove meses de trabalho, o ambiente foi desenhado com o objetivo de reestruturar e melhorar o local, oferecendo acessibilidade e otimizando os espaços.
Recorde na Ferroeste
A movimentação de cargas pela Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná Oeste S/A), que liga Cascavel a Guarapuava e transporta a produção agropecuária do Oeste paranaense para o Porto de Paranaguá, cresceu 34% nos primeiros dez meses de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. O volume de janeiro a outubro deste ano chegou a 1,2 milhão de toneladas transportadas e, mesmo sem contar novembro e dezembro, já é a maior quantidade já registrada pela empresa. Passam pelos trilhos da ferrovia grãos e frango refrigerado, que são enviados para exportação via Porto de Paranaguá, e fertilizantes e cimento ensacado, transportados até Cascavel.
Lucro da Ferroeste
Entre janeiro e outubro deste ano a Ferroeste registrou lucro operacional de R$ 1,2 milhão e faturamento bruto de R$ 19 milhões, segundo balanço da empresa. Também houve redução dos custos operacionais em relação a 2019, em cerca de 35%, consequência de um trabalho de austeridade. O resultado consolida o bom desempenho que a empresa vem conquistando desde o ano passado, quando pela primeira vez a estatal, criada em 1996, fechou com lucro. “Queríamos mostrar que um bom trabalho pode fazer a diferença na Ferroeste. Ela nunca havia dado lucro e a média era de prejuízo de R$ 7 milhões por ano. Agora começou a dar lucro, estamos em novo patamar”, disse o governador Ratinho Júnior.
Queda no preço da soja
A forte queda dos contratos futuros em Chicago fizeram com que os preços domésticos recuassem no mercado brasileiro de soja. O dólar apresentou instabilidade e teve pouco impacto na formação dos preços. Em Cascavel, o preço caiu de R$ 162 para R$ 155 a saca. No porto de Paranaguá, a saca de soja seguiu em R$ 155. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 153 para R$ 151. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 152 para R$ 150. No porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 156 para R$ 152. Em Rondonópolis (MT), a saca baixou de R$ 165 para R$ 163. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 158 para R$ 157. Em Rio Verde (GO), a saca permaneceu em R$ 178.
Café verde
As exportações brasileiras de café verde alcançaram um recorde de 275,84 mil toneladas (ou 4,6 milhões de sacas de 60 kg) em novembro, alta de 39,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do Ministério da Economia divulgados na última terça-feira, 1º. A nova máxima histórica supera o volume registrado em dezembro de 2018, de cerca de 4,1 milhões de sacas, e mostra um avanço 850 mil de sacas na comparação com outubro, segundo os dados do ministério. O Brasil está escoando uma safra recorde colhida em 2020, conforme analistas, em ano em que as vendas externas estão sendo beneficiadas pela valorização do dólar, que favorece os exportadores do país e a formação de preços em reais para produtores.
Covid-19 e emprego
O impacto da Covid-19 sobre o número de pessoas ocupadas na agropecuária está normalizado, “pelo menos por ora”, indica um estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP (Cepea), com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre móvel encerrado em setembro (julho-agosto-setembro), 8,280 milhões de pessoas estavam ocupadas na agropecuária, um total apenas 0,3% (28 mil pessoas) abaixo do esperado para o período. A pandemia começou a impactar negativamente o número de pessoas ocupadas no agro já no mês de março.
Alta no investimento
A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 16,3% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, quando houve queda de 15,42%, na série com ajuste sazonal, de acordo com cálculo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na comparação com o mesmo período do ano passado, contudo, houve queda de 2,8%. A FBCF é a medida do que se investe em máquinas, equipamentos, construção, outros ativos fixos e inovação no país. Apenas em setembro, o indicador avançou 3,5% sobre agosto e subiu 1,1% sobre o mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre, o investimento foi puxado pelo consumo aparente de máquinas e equipamentos, com alta de 9,7%. A produção nacional de máquinas e equipamentos deu um salto de 50,7% no período.
Superávit na balança
A balança comercial registrou, em novembro, o terceiro maior superávit para o mês. O país exportou US$ 3,732 bilhões a mais do que importou, divulgou na última terça-feira, 1º, o Ministério da Economia. Isso representa crescimento de 4,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o superávit atingiu US$ 3,565 bilhões. O resultado só perde para novembro de 2016 (superávit de US$ 4,75 bilhões) e de 2018 (superávit de US$ 4,08 bilhões). No mês passado, o país vendeu US$ 17,531 bilhões para o exterior, com queda de 1,2% pelo critério da média diária em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações, no entanto, caíram mais, somando US$ 13,799 bilhões, redução de 2,6% também pela média diária. Com o resultado do mês passado, a balança comercial acumula superávit de US$ 51,159 bilhões de janeiro a novembro.
Carne suína
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, divulgadas na última terça-feira, 1, as exportações de carne suína fresca, congelada ou resfriada no mês novembro tiveram resultados acima do que o registrado no mesmo mês do ano passado. A carne suína é a mais demandada no momento por causa do fator China, que leva 50% do total das exportações da proteína suína brasileira. A receita obtida com as exportações de carne suína durante novembro de 2020, US$ 188.541,256, superou em 36,19% do total obtido em todo o mês de novembro de 2019. No caso do volume embarcado, as 57.553,731 toneladas ultrapassaram 32,3% do total exportado em novembro do ano passado. O faturamento por média diária foi de US$ 9.427,062, quantia 36,19% maior do que novembro do ano passado.
Uruguai no topo
O Uruguai lidera o ranking mundial como o país que mais exporta carne bovina por habitante, segundo dados anuais de 2019 do Trade Data Monitor e do Banco Mundial com US$ 515 por habitante. A informação foi coletada por Álvaro Pereira Ramela, economista uruguaio e membro da divisão de Acesso a Mercados e Inteligência do Instituto Nacional de Carnes (INAC). Ele explicou que apenas países que venderam mais de US $ 100 milhões em carnes ao mundo foram considerados para a publicação. O Uruguai é seguido por Nova Zelândia, Austrália, Paraguai e Argentina. No caso do Paraguai, a cifra chega a US$ 120 por habitante. Na tabela, também colocou outros países sul-americanos, como o Brasil na nona colocação e o Chile na décima terceira posição.
Austrália abate menos
A produção de carne bovina e o abate de gado continuaram diminuindo na Austrália no trimestre de setembro, devido à oferta reduzida e aos impactos de covid-19, disse o Meat and Livestock Australia (MLA). Os processadores continuam sentindo a pressão da escassez de oferta à medida que a busca por gado pronto para abate torna-se cada vez mais difícil, reduzindo as taxas de abate. Os bovinos machos diminuíram em 2% no último trimestre para um total de 828.590 cabeças, enquanto a o número de fêmeas diminuiu 11%, atingindo 932.926 cabeças, de acordo com o portal Eurocarne. Apesar de uma redução constante no abate de fêmeas, a proporção de fêmeas é de 53%, 2% a menos que no trimestre anterior, o que significa uma progressão para a recomposição do rebanho. No entanto, novas reduções são necessárias para chegar a 47%, indicando uma fase de recuperação total. A produção de carne bovina atingiu 517.663 toneladas no trimestre de setembro, queda de 5% em relação ao trimestre anterior e de 18% no mesmo período de 2019.
Coluna publicada simultaneamente em 20 jornais e portais associados. Saiba mais em www.adipr.com.br.
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