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A falta que faz a filosofia e o pensamento crítico num mundo moderno e tecnológico no qual estamos quase sempre diante de respostas prontas a um clic ou touch

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Falando com profissionais liberais, empresários e professores universitários, discutimos a perda da capacidade de interpretação de texto, de crítica e a falta de raciocínio das novas gerações.

Em simples discussões os indivíduos não sustentam um ponto de vista com pensamento crítico. Não lhes falta inteligência ou informação. Falta leitura, apreender e agregar conhecimento, aceitar que nem sempre têm razão — “Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: todos estão convencidos de que a tem de sobra” (René Descartes). 

O estudo da filosofia está em falta, para ensinar a pensar de forma crítica, para ver o mundo de maneira diferente e interagir, para tomar decisões conscientes. 

Estamos diante de uma geração “Google”, o oráculo moderno que oferece informação completa, sem espaço para interpretação, raciocínio ou dúvidas — “É necessário que ao menos uma vez na vida você duvide, tanto quanto possível, de todas as coisas” (René Descartes).

Talvez por isso, em especial os jovens, tenham tanta dificuldade para tomar decisões. Como exigir então que votem conscientemente, que entendam que um voto pode fazer a diferença e que por isso é preciso responsabilidade?

Nos movimentos populares percebe-se essa pobreza de conhecimento e autocrítica. Estão ali e muitas vezes sem saber a razão. Ouve-se o “fora isto, abaixo aquilo”. Sequer se dão conta de que estão sendo manipulados. Nos faltam pensadores.

A tecnologia veio auxiliar e facilitar a vida. Porém, a rapidez dos avanços tecnológicos, parece limitar os questionamentos: benefícios e influência sobre o comportamento e pensamento dos indivíduos. Afinal, a tecnologia permite que o cidadão pense sobre si ou sobre o mundo que o rodeia?

Se na comunicação atual até a escrita empobreceu, como esperar que em debates ou discussões “presenciais” haja pensamento crítico?

No Século XII na Universidade de Paris, o “dispustatio” era um espetáculo com a presença de toda cidade, tendo o Rei Luiz IX e o Arcebispo por mediadores, o expositor defendia a sua tese e baixavam na arena” os opositores e suas antíteses. 

Que sociedade estamos construindo ao reduzir o conhecimento da história e da filosofia, que contribuem para a evolução e o bem comum?

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