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Paraná Empreendedor

Lembranças da história da TV no Paraná

Homenagem a Jamur Júnior, um dos grandes talentos e personagem da televisão do Paraná, em tempos épicos

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Num sábado de julho de 1954, transeuntes da avenida João Pessoa, hoje Rua das Flores, viram algo inusitado nas vitrines das lojas Tarobá. Em dois aparelhos desfilavam artistas locais apresentados pelo radialista Dide Bettega. Na segunda parte, artistas da TV Tupi, de São Paulo, eram anunciados pelo locutor da Rádio Tupi, o pontagrossense Mario Fanucchi, ao numeroso público em frente à loja.

O estúdio improvisado era no 7º andar do edifício Garcez, onde funcionava o Centro Cultural Interamericano, e a câmera era ligada aos receptores no térreo.

A Rádio Emissora Paranaense, de maior audiência da época, entrou em cadeia transmitindo aos curitibanos o “show” das primeiras imagens de televisão.

Com o sucesso, em agosto foi montado um estúdio na Rádio Clube Pontagrossense, que levou à “Princesa dos Campos” um elenco de artistas de Curitiba e da Tupi Paulista. A cidade parou para assistir à televisão pela primeira vez em um domingo memorável. Meses depois, foi a cidade de Palmeira.

Essas primeiras imagens foram resultado de uma decisão tomada no início da década de 50, por um grupo de empresários e políticos que se associaram para organizar uma empresa de televisão no Paraná. Os sócios eram Alexandre Gutierrez, Mário Hipólito Cézar, Raul Vaz, Nagibe Chede e Gastão Chaves.

O Paraná estava incluído pelo pioneiro Assis Chateaubriand no projeto de implantar uma rede de televisão cobrindo todo o território nacional. As demonstrações feitas em Curitiba, Ponta Grossa e Palmeira refletiram positivamente na venda de ações, que alcançaram índices previstos. Adherbal Fortes vaticina: a formação das grandes redes de televisão no Brasil, com programas gerados em São Paulo e Rio de Janeiro, mudou a história da televisão no Paraná. Entretanto, com os espaços pequenos destinados a programas locais, fora dos horários nobres, a televisão regional perdeu intimidade com o público. Se para os empresários de comunicação as redes de televisão representaram lucros altos e redução de custos, para os profissionais e talentos locais, foi um final melancólico.

Na virada do milênio, a televisão regional foi “invadida” por profissionais com interesses outros, que ocuparam os espaços de grandes talentos artísticos que fizeram a história da televisão do Paraná. *Fonte: Livro “Os primeiros passos da Televisão no Paraná” de Jamur Júnior.

Homenagem a Jamur Júnior, um dos grandes talentos e personagem da televisão do Paraná, em tempos épicos.

A primeira televisão brasileira da América Latina foi inaugurada no dia 18 de setembro de 1950 – obra de Assis Chateaubriand.

No segundo sábado de julho de 1954, transeuntes da avenida João Pessoa, hoje conhecida como rua das Flores, Boca Maldita de Curitiba, nas vitrines das lojas Tarobá, viram algo inusitado. Imagens nos dois receptores, um desfile de artistas locais apresentado pelo radialista Dide Bettega. Na segunda parte, artistas da TV Tupi, de São Paulo, anunciados ao numeroso público em frente à loja, pelo locutor da Rádio Tupi, o pontagrossense Mario Fanucchi.

O estúdio improvisado no 7o andar do edifício Garcez, onde funcionava o Centro Cultural Interamericano.

A câmera ligada aos receptores no térreo, era operada pelo técnico de tv Jorge Ledo que havia participado da montagem da TV Tupi.

A apresentação da novidade exigiu muito talento e criatividade dos profissionais da rádio, para montar aquele primeiro programa para um veículo ainda desconhecido.

A Rádio Emissora Paranaense, de maior audiência da época, entrou em cadeia transmitindo o “show” de apresentação aos curitibanos, das primeiras imagens de televisão.

Com o sucesso, no início de agosto do mesmo ano, foi montado um estúdio na Rádio Clube Pontagrossense, onde levou a “Princesa dos Campos”, um elenco de artistas de Curitiba e da Tupi Paulista. Num domingo memorável, em que a cidade parou para assistir à televisão pela primeira vez. Quatro meses depois, foi a cidade de Palmeira.

Essas primeiras imagens foram resultado de uma decisão tomada no início da década de 50, por um grupo de empresários e políticos que se associaram com o objetivo de organizar uma empresa de televisão no Paraná. Entendiam ser um negócio de grande futuro.

Os sócios eram Alexandre Gutierrez, Mário Hipólito Cézar, Raul Vaz, Nagibe Chede e Gastão Chaves.

O Paraná estava por Chateaubriand, incluído no projeto de instalar também uma rede de televisão cobrindo todo o território nacional.

As demonstrações feitas em Curitiba, Ponta Grossa e Palmeira refletiram positivamente na venda de ações, que alcançaram índices previstos.

Adherbal Fortes vaticina: a formação das grandes redes de televisão no Brasil, com programas gerados em São Paulo e Rio de Janeiro, mudou a história da televisão no Paraná. Com pequenos espaços destinados a programas locais, fora dos horários nobres, a televisão regional perdeu intimidade com seu público.

Se para os empresários de comunicação as redes de televisão representaram lucros altos e redução de custos, para os profissionais locais e os talentos, foi um final melancólico.

Na virada do milênio, houve invasão na televisão regional por muitos não profissionais com interesses outros, ocupando os espaços de talentos artísticos que fizeram a história da televisão do Paraná. *Fonte: Livro “Os primeiros passos da Televisão no Paraná” de Jamur Júnior.

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