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Maçonaria

Independência

A Maçonaria encaminha “seus membros a amar a Pátria, a respeitá-la, a defendê-la e a obedecer aos seus legítimos poderes.” A Maçonaria preconiza “a fidelidade e a submissão à autoridade legal, embora não admita, sob qualquer forma, a intolerância e a tirania”

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Estamos no final de uma Semana da Pátria especial, que marcou o transcurso de 200 anos do momento histórico em que, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, D. Pedro I gritou que o Brasil não era mais dependente da Coroa Portuguesa. “Esse grito de glória, que a cor da história à vitória nos traz, na mistura das raças, na esperança que uniu o imenso continente, nossa gente, Brasil*

Já afirmamos aqui que naquele 7 de setembro de 1822 prevaleceram os interesses nacionais em favor da independência, da igualdade e da liberdade, social, política e econômica do Brasil e dos brasileiros, em detrimento da submissão a interesses colonialistas estrangeiros. Na ocasião, maçons ilustres como Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva, e o próprio D. Pedro I, desempenharam papeis determinantes para o Brasil alcançar a independência em relação às cortes de Portugal.

Contudo, a verdadeira independência de uma nação, representada por sua autonomia e liberdade, não se faz somente em relação aos interesses internacionais. É necessário que haja também a independência interna, no sentido de o cidadão poder ser dependente, única e exclusivamente, de sua própria vontade. Este estado de independência somente pode ser alcançado mediante a verdadeira democracia, o “regime político que se funda nos princípios da soberania popular e da distribuição equitativa do poder, ou, em outras palavras, regime de governo que se caracteriza, em sua essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade, isto é, dos poderes de decisão e de execução.”

A liberdade do ato eleitoral pressupõe não haver impedimentos a que todo e qualquer cidadão possa escolher livremente os seus representantes políticos, assim como pressupõe não haver impedimentos à ampla transparência de todo o processo eleitoral, inclusive no que se refere aos meios de apuração dos votos. A divisão dos poderes e o controle da autoridade pressupõe que o equilíbrio entre executivo, judiciário e legislativo, cada um exercendo suas funções nos exatos limites de suas competências constitucionais. 

A Maçonaria, e o Maçom por dever, não aceita o despotismo, que é o “poder isolado e arbitrário, a manifestação de autoridade que tende à tirania e à opressão”. Também não aceita a mentira, no sentido definido pelo dicionário: o “ato ou efeito de mentir; engano, falsidade, fraude; o hábito de mentir, a afirmação contrária à verdade a fim de induzir a erro; aquilo que é enganador, que ilude.” 

Não é novidade o uso político da mentira em defesa dos ideais de poucos, que não representam a nação. O exemplo mais clássico é a sua utilização na Alemanha da primeira metade do século passado. O próprio Adolf Hitler a batizou de “a grande mentira”, tão colossal que ninguém acreditaria que alguém “pudesse ter o atrevimento de distorcer a verdade de forma tão infame”. “Joseph Goebbels e o Partido Nazista realmente usaram a técnica de propaganda da grande mentira que descreveram – e que a usaram para transformar o antissemitismo de longa data na Europa em assassinato em massa.”

A Maçonaria encaminha “seus membros a amar a Pátria, a respeitá-la, a defendê-la e a obedecer aos seus legítimos poderes.” A Maçonaria preconiza “a fidelidade e a submissão à autoridade legal, embora não admita, sob qualquer forma, a intolerância e a tirania.”

O devotamento à Pátria e a obediência à lei são, portanto, deveres essenciais para o Maçom, para quem a ordem e o progresso devem marchar juntos. Dois séculos depois do grito da Independência, mais que nunca é necessário servir à Pátria com desinteresse, e reconhecer que tanto os tiranos quanto os demagogos são nefastos para a liberdade nacional. O cidadão verdadeiramente independente não deve sustentar nem o mal nem o erro contra a Pátria, muito menos dissimular a verdade em proveito de um partido, nem sobrepor o interesse particular à moralidade pública.

Com base em obra de N.Aslan, dicionário Oxford Languages e wikipedia.org.( *Trecho do Hino do Sesquicentenário, 1972.)Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])

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