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Maçonaria

Humildade (1)

que varie conforme a ocasião.
Para o Maçom, contudo, não basta aprender a “ser” virtuoso, pois, note-se, o objetivo da Maçonaria é a “prática” das virtudes

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A prática das virtudes é um dos objetivos da Maçonaria, juntamente com a investigação da verdade e o exame da moral. “Virtude” é a qualidade do bom comportamento humano, aquele que culturalmente é considerado correto e desejável, seja do ponto de vista da moral, da religião ou do meio social. É a excelência moral ou de conduta em conformidade com o bem, em oposição ao mal. 

A virtude não é inata, é cultural e, portanto, pode ou não ser adquirida pelo ser humano no desenvolvimento de seu convívio social. Além disso, virtude não é algo que a pessoa deve aprender a “ter”, mas sim algo que a pessoa deve aprender a “ser”. A verdadeira virtude deve estar interiorizada no indivíduo de tal forma que a sua expressão seja natural e constante, sem depender de uma vontade momentânea ou que varie conforme a ocasião.

Para o Maçom, contudo, não basta aprender a “ser” virtuoso, pois, note-se, o objetivo da Maçonaria é a “prática” das virtudes. Uma vez adquirida essa qualidade pessoal, ela deve transparecer no seu comportamento, em favor de si, dos demais indivíduos e, em última instância, da Sociedade. 

Tomemos como exemplo a humildade, a “virtude que conduz o indivíduo à consciência de suas limitações, de suas fraquezas e do seu pouco mérito, pelo que não se deixa lisonjear pelos elogios”, de tal maneira que “pressupõe uma morte para as vaidades.”

Seu significado original no latim “humilitas” era “pouca elevação”, em relação direta com a ideia de “modéstia”, que por definição é justamente a “ausência de vaidade em relação ao próprio valor, às próprias realizações, êxitos etc.” Revela-se pela sobriedade, moderação, comedimento, despretensão. É tida, ainda, como “companheira inseparável” de outras virtudes, como a paciência e a tolerância, que “se alimentam da humildade”.

Para São Bento, trata-se da “verdade de nossas relações com Deus”. Ou, como afirma o escritor Maurício Cardoso, “aquele que está cheio de si não tem lugar para Deus em seu coração.” Para ele, a medida da humildade é a própria humildade. “O humilde não se proclama humilde. Ele é a Humildade. Proclamar-se humilde, é porque não o é. A Humildade é um discurso silencioso.” 

O mesmo autor ensina que a “humildade é a qualidade imprescindível para saber, aprender e conhecer. Aquele que se sente cheio de saber, justamente por esse sentir, fica impedido de aprender mais. Isso por falta de espaço em seu interior. A Humildade nos esvazia interiormente para que possamos aprender. (…) É sentimento saudável no sentido de que se pode, sempre, ser melhor que antes.”

Na próxima semana continuaremos com este tema. 

Com base em obras de M. Cardoso, N. Aslan, e informações de dicionário online Oxford Languages; significados.com.br; e dicio.com.br.

Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])

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