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Maçonaria

Filantropia, um dever

A filantropia é, nesse sentido, uma virtude essencial e um dever básico para o Maçom

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A Maçonaria nos tempos primórdios

Na semana marcada pelo Dia do Maçom, em 19 de agosto último, a Folha do Litoral News, principal jornal de Paranaguá e do litoral paranaense, entrevistou o Venerável Mestre da Loja Perseverança, Jean Cristiano Correa e também abordou o tema em Editorial. Entre outras questões, o jornal destacou as atividades sociais realizadas pela instituição maçônica, como o Lar de Idosos Perseverança, a Creche Perseverança e o Perseverando na Educação, além do projeto em prol da acuidade visual, em desenvolvimento.

Essas ações beneficentes mantidas há décadas pelos integrantes da Loja Perseverança para suporte, na medida do possível, à sociedade carente parnanguara não ocorrem por acaso. A filantropia é um dos pilares da essência da vida maçônica, uma vez que a Maçonaria oficialmente se autodefine, em seu texto constitucional, como sendo “uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.”

Expressando essa definição de uma forma bastante simples e clara, a finalidade maior da Maçonaria é que os homens sejam livres, iguais entre si e se tratem como irmãos. Por essa razão, a filantropia maçônica deve ser entendida não como um objetivo em si ou como uma solução para os problemas sociais, que não são poucos, mas no seu significado mais fácil de encontrar, aquele que está no dicionário. Com raízes nos termos gregos philos (amor) e anthropos (homem), significa a manifestação de profundo amor à humanidade; o desprendimento, a generosidade para com os outros; a caridade. 

A filantropia é, nesse sentido, uma virtude essencial e um dever básico para o Maçom.

Ela consiste em “estabelecer a Fraternidade entre os homens, ajudá-los a livrar-se das asperezas de seu caráter, apontando-lhes o caminho da virtude, e oferecer-lhes a oportunidade de aumentar seus conhecimentos intelectuais e morais” (Aslan). Ainda, apesar de não ser o seu objetivo principal, “toda espécie de obras, espalhadas em todos os países onde floresce a Maçonaria, comprovam a solidariedade humana dos Maçons. Estas obras humanitárias eles as sustentam com todo o desvelo e, muitas vezes, com sacrifício, como é o seu dever”.

Desta forma, como consequência lógica desse dever fraterno, também deve o Maçom opor-se às causas e aos causadores das injustiças sociais que ainda levam parte imensa da humanidade a ser dependente da caridade alheia. E, evidentemente, também não pode o Maçom aceitar a industrialização da caridade, a filantropia com fins lucrativos, que melhor se denominaria “filãotropia” ou “pilantropia”. Em parte, esta postura que se exige do Maçom também explica por que, mesmo três séculos depois do Renascimento, ainda há hoje em dia os incomodados com a Maçonaria. 

Dúvidas sobre a Maçonaria? Encaminhe sua pergunta para esta coluna no e-mail [email protected] .

Responsável: Loja Perseverança – Jorn. Fernando Gerlach (DRT-PR n.º 2327)

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