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Chegamos à semana do Carnaval, festividade popular com raízes em milenares celebrações pagãs que remontam à antiguidade

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A MAÇONARIA E A IGREJA

Chegamos à semana do Carnaval, festividade popular com raízes em milenares celebrações pagãs que remontam à antiguidade. Há registro de eventos similares, marcados por “festins, músicas estridentes, danças, disfarces e licenciosidade”, entre os antigos egípcios (festas de Ísis e do boi Ápis), hebreus (festa das sortes), gregos (bacanais) e romanos (lupercálias, saturnálias). Os gauleses tinham a grande festa do inverno, “marcada pelo adeus à carne, iniciando um grande período de abstinência e jejum.”

Vimos aqui em edição anterior a relação religiosa dos povos antigos do hemisfério norte com o ciclo solar: a celebração do retorno da luz do dia ao final do inverno, que se afastava para o retorno da fertilidade na primavera. Para esses povos europeus, o inverno era como um “reino de espíritos que precisavam serem expulsos para que o verão voltasse”. O Carnaval pode assim ser considerado como um rito de passagem da escuridão para a luz, do inverno ao verão: uma celebração de fertilidade, “a primeira festa de primavera do ano novo”.

A partir da predominância do calendário litúrgico da Igreja Cristã Romana, a Quaresma, período de seis semanas anteriores à Pascoa, também foi “historicamente marcado pelo jejum, estudo e outras práticas piedosas ou penitenciais”. Nesse período “não havia festas ou celebrações e as pessoas se abstinham de comer alimentos ricos, como carne, laticínios, gordura e açúcar”, até porque muitas vezes eram totalmente indisponíveis ao final do inverno. Importa lembrar que, exceto o Natal, todas as datas eclesiásticas são calculadas em função do Domingo de Páscoa, que é sempre o primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera (no hemisfério norte), portanto, depois do fim do inverno. Encontra-se a Terça-feira de Carnaval contando 47 dias antes da Páscoa. 

Fato é que, embora formando parte do calendário cristão, muitas tradições carnavalescas ainda se assemelham àquelas do período pré-cristão. “Do ponto de vista antropológico, o carnaval é um ritual de reversão, no qual os papéis sociais são invertidos e as normas de comportamento são suspensas.” Na Idade Média, por exemplo, o Carnaval durava quase todo o período entre o Natal e o início da Quaresma, cerca de dois meses em que o povo aproveitava as “férias católicas” como saída para as frustrações diárias através de uma inversão geral das regras e normas do dia-a-dia. Decorre daí o costumeiro consumo excessivo de álcool, de carne e outros alimentos proscritos durante a Quaresma, bem como a satisfação de desejos sexuais, suprimidos durante o jejum seguinte.

Contudo, é importante enfatizar que atualmente o Carnaval é uma festa popular em várias regiões do mundo, com diversas manifestações culturais, e nem todas envolvem promiscuidade ou comportamentos imorais. Há celebrações do Carnaval que enfatizam a música, a dança, as tradições culturais e a comunhão entre as pessoas, sendo divertidas sem necessariamente envolver comportamentos promíscuos.

A Maçonaria é uma organização que enfatiza a importância da moralidade, da ética e da conduta correta na vida. Seus ensinamentos e valores incluem a fraternidade, a caridade, a justiça e a honestidade. Portanto, do ponto de vista maçônico, a promiscuidade ou a conduta imoral não são condizentes com os valores da organização.

No entanto, seus integrantes são livres para fazer suas próprias escolhas e tomar suas próprias decisões. A Maçonaria não é uma organização que busca impor suas crenças e valores sobre outras pessoas e um Maçom pode escolher participar ou não do Carnaval ou de outras festividades populares semelhantes. Deverá fazê-lo, porém, de acordo com os princípios morais, a discrição e o sigilo que caracterizam a organização.

Com base em informações da wikipedia.org.

Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])

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