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“TCHAU QUERIDO”

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A edição extra do Diário Oficial da União desta última quarta-feira, como o vento de outono, findado três dias daquela edição, leva as folhas caídas das árvores, deu-nos a notícia da exoneração do Senhor Ricardo Salles, agora ex-ministro do Meio Ambiente. 

Em bocas miúdas corria a notícia de que o Governo Federal estava sofrendo pressão externa, como a dos governos Estadunidense, Alemão e Norueguês para que houvesse a varrida do agora ex-ministro do meio ambiente, já que a pressão popular, da sociedade, das organizações não governamentais, de parte do Congresso Nacional, e das pessoas que tem o mínimo discernimento responsável e reconhecem a importância da proteção ao meio ambiente para as presentes e futuras gerações, não tiveram forças para o necessário desligamento da folha do tronco arbóreo que o segurava.

Embora a exoneração tenha disso “a pedido”, escândalos de envolvimento em esquemas de contrabando de madeiras frondosas enraigadas em solo brasileiro, fortalecidos pela operação da Polícia Federal que cumpriu mandados contra o chefe do Meio Ambiente e a autorização do Supremo Tribunal Federal para o envio do celular do ex-ministro ao solo norte-americano com a quebra de senha para produção de provas, podem ter sido os ventos de outono que tiraram-no da árvore do planalto lançando-o para longe dali.

Como diria minha saudosa avó materna, a motivação da partida é o termômetro da saudade, tudo o que é feito antes de partir é o que força a lembrança e a vontade de querer que fique, ou o esforço de que vá logo! 

No caso do Senhor Salles ficamos com a segunda opção, tchau querido. 

Vá com Deus porque foi tarde! E queria Ele, que não volte!

Assim como o desmatamento por ação consciente e interesseira varre as vidas de milhares de árvores sem a possibilidade de se voltar ao status quo ante, todos os escândalos, omissões e, como diria minha vozinha, “pataquadas” feitas na condução do Ministério do Meio Ambiente, jamais poderão deixar boas lembranças e os votos de um até logo Ministro.

Tchau querido! 

E que durante essa caminhada sem volta, suas ações e as atitudes sejam devidamente investigadas para se responsabilizar não somente à folha que caiu, mas também as árvores das quais fez parte antes de ser lançada.

Por Paulo Henrique de Oliveira

Com contribuição de Victor Vitelcí de Souza Alves

Paulo Henrique de Oliveira é mestrando em administração pública, pós-graduado em direito administrativo, com MBA em gestão pública, extensões em ciências políticas, direito eleitoral e ciências sociais, e graduações nas áreas de administração de empresas, gestão de negócios, ciências políticas, e direito. É o Executivo do Podemos no Estado do Paraná, Ex Secretário de Saúde de Paranaguá, e atual Secretário de Saúde de Matinhos.

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