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“ALTERANDO A BULA”

Assunto recorrente nos últimos tempos, é fundamental que se repasse à população todos os pormenores do que está acontecendo na CPI da COVID-19. Muitas vezes, na correria do dia a ...

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Assunto recorrente nos últimos tempos, é fundamental que se repasse à população todos os pormenores do que está acontecendo na CPI da COVID-19. Muitas vezes, na correria do dia a dia, a população não tem tempo para acompanhar na íntegra, então vamos pontuar alguns detalhes importantes para informação da sociedade, como o depoimento do Presidente da ANVISA, Antônio Barra Torres.

Em seu depoimento, Barra Torres, confirmou reunião no Palácio do Planalto, onde foi cogitada a possibilidade de alterar a bula da cloroquina para que o medicamento fosse indicado no tratamento da Covid-19. Em depoimento à CPI da Covid, Barra Torres disse que rejeitou a ideia por “não ter cabimento”, o que já tinha sido explicitado pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.

O que talvez não se soubesse, era que bula de um medicamento registrado, pode ser alterada exclusivamente pela Agência do respeito país, se a pedido do laboratório. ‘Isso não tem cabimento, isso não pode. E a reunião nem durou muito mais tempo”, disse o Presidente da ANVISA, acerca da reunião que contou também com as presenças do ex ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, do ex ministro chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da médica Nise Yamaguchi. 

Além da tentativa de fraude, o Presidente da ANVISA relatou ainda, que até o momento, todas as narrativas técnicas vão contra a indicação da cloroquina para o tratamento da Covid-19, e ainda que o tratamento precoce indicado, é a testagem, o diagnóstico precoce, observação dos sintomas para combatê-los o quanto antes, e o uso de máscara.

O relator da CPI leu várias declarações de Bolsonaro contra vacinas e questionou a opinião do Presidente da ANVISA, que disparou de pronto que pensa de forma diferente, e recomendou que a população não seguisse esse tipo de conduta: “Nós temos sim que nos vacinar. Se todos nós estamos sentados nesta sala é porque um dia pai, mãe ou responsável nos levou pela mão para vacinar. Discordar de vacina, falar contra vacina não guarda uma razoabilidade histórica inclusive. E essas outras medidas inclusive. Eu penso que a população não deva se orientar por condutas dessa maneira. Ela deve se orientar por aquilo que está sendo preconizado principalmente pelos órgãos da linha de frente no enfrentamento à doença”.

Ao ser questionado se concordava com a frase do ex-ministro Eduardo Pazuello “um manda e outro obedece”, se encaixa nos temas de saúde, respondeu de pronto que: “De maneira nenhuma. Qualquer ação de saúde deve ser pautada por ciência. Hierarquia é outra questão”.

Nesta quarta-feira,12 de maio, o Brasil contabilizou 428.256 mortes e 15.361.686 casos de covid-19, perfazendo uma média móvel de 1.944 mortos por dia.

Paulo Henrique de Oliveira é mestrando em administração pública, pós-graduado em direito administrativo com MBA em gestão pública, extensões em ciências políticas, direito eleitoral e ciências sociais, e graduações nas áreas de administração de empresas, gestão de negócios, ciências políticas, e direito. É o Executivo do Podemos no Estado do Paraná, ex-Secretário de Saúde de Paranaguá, e atual secretário de Saúde de Matinhos.

“ALTERANDO A BULA”

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