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Também chamada Fortaleza da Barra ou da Ilha do Mel. Sua construção foi iniciada em 19 de janeiro de 1767, sob o comando e orientação do Coronel Afonso Botelho de ...

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Também chamada Fortaleza da Barra ou da Ilha do Mel. Sua construção foi iniciada em 19 de janeiro de 1767, sob o comando e orientação do Coronel Afonso Botelho de Sampaio e Sousa, que trouxe a Paranaguá a importância de 400 mil réis da Fazenda Real. A Câmara de Paranaguá acrescentou mais 250 mil réis. O restante foi pago pelos “Homens Bons”, isto é, pela pequena burguesia local pressionada, que antes havia protestado alegando não terem condições financeiras. 

A Construção da Fortaleza deveu-se às ameaças de corsários e das pretensões espanholas no sul. O local da Construção foi a Ilha do Mel, no Morro das Baleias. Trabalharam na obra 500 operários durante três anos ininterruptos. O Coronel e alguns obreiros ficaram instalados no Colégio dos Jesuítas, em Paranaguá, nessa época já abandonado em virtude da expulsão dos Jesuítas. O dinheiro não foi suficiente e foi necessário acrescentar mais 3000 réis para a sua conclusão. 

Sobre as imponentes muralhas de granito lavrado estão cinco baluartes trabalhados em cantaria. A Fortaleza estava equipada com seis canhões, sendo dois de calibre 23, dois de calibre 18 e dois de calibre 12. Dispunha de paiol de pólvora, alojamento para soldados, cadeia e outras dependências. 

Em 1770 a Real Fazenda remeteu mais dois mil réis para as despesas finais complementares. Foi Inaugurada em 23 de abril de 1769. Sobre o grande portão de entrada está colocado um escudo em pedra lavrada, representando as armas de Portugal e, logo abaixo, o brasão dos Botelhos. 

A velha Fortaleza parece que só serviu uma vez, por ocasião do incidente “CORMORANT”, em 29 de junho de 1850, quando abriu fogo contra aquele navio inglês. Provavelmente tenha prevenido também invasões espanholas, garantindo a posse portuguesa juntamente com outras Fortalezas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Ficou por muito tempo abandonada. Em 1821 foi restaurada e nela recolocados alguns canhões anteriormente retirados. 

Do alto do Mirante da Fortaleza que se atinge por trilha ou pedras centenárias e vegetação exuberante, visualizam-se ainda os canhões apontados para a entrada da Baía de Paranaguá. Lembrando as palavras do professor Waldomiro Ferreira de Freitas (1993) “A Ilha do Mel conta com belas praias, a Gruta das Encantadas e é rica em lendas e estórias”, no próximo artigo comentaremos sobre esse tema.

Sonia Machado

Historiadora

Diretora Secretária do IHGP

Referências:

Professor Leônidas Boutin. Breve História de Paranaguá: Seu Desenvolvimento Socioeconômico e Cultural.Professor Waldomiro Ferreira de Freitas. Aspecto Histórico e Turístico de Paranaguá. 1993

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