Espaço Poético
Ausência
O vento bate nas palavras
Como uma porta de onde se vê o mar.
Foi aí que conheci a ausência pela primeira vez.
Uma ausência tão dura que não pode nascer
Senão das entranhas.
Como esquecer o desejo de nossos corpos
Que permaneceram suspensos,
Abençoados apenas por um suspiro?
Como esquecer seus braços as suas mãos?
Só Amor!
Naqueles momentos eu era a sua mulher
E estavas comigo.
Alguns chamam sintonia,
Defino como essência, arpejo melodioso,
Leveza insuportável de duas bocas a beijar-se,
Perder-se na apneia de uma emoção.
Pois tu és a única verdade que sinto que conheço.
Autoria: Juciane Afonso
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