A neurociência tem sido estudada na área médica, na psiquiatria e psicologia, na publicidade e propaganda, através do neuromarketing e também na educação. Acabamos, por vezes, em falar na “Década do Cérebro”, em que tudo se explica a partir do funcionamento cerebral.
O estudo do cérebro é bastante antigo, tendo registros de longa data, como a execução da trepanação, em 200 a.C. Esta técnica consistia em abrir pequenos “buracos” nos ossos do crânio, a fim de descobrir a origem dos transtornos cerebrais, como a epilepsia, por exemplo.
Nos últimos anos, os estudos neurocientíficos evoluíram e alcançaram sucesso por conta do uso de ferramentas tecnológicas, as quais nos permitiram, estudar um cérebro vivo e reconhecer o seu funcionamento.
Na educação, a neurociência deve ser vista como uma possibilidade de aperfeiçoamento dos profissionais frente ao desenvolvimento infantil. Ou seja, é preciso conhecer o “funcionamento” do processo de aprendizagem, possibilitando, assim, através de metodologias apropriadas, auxiliar os alunos a alcançar seu potencial.
Porém, muitas vezes, surgem dúvidas quanto a sua aplicabilidade em sala de aula. Atividades simples com metodologia reflexiva possuem grande potencial de desenvolver características neurobiológicas do aprendiz.
- “Desafiar o cérebro é estimulá-lo para uma aprendizagem criativa” (RELVAS, 2014). Nada melhor para expressar a criatividade que a Arte.
- “Aprender engaja todo o corpo. A aprendizagem é mente e corpo ao mesmo tempo, é movimento” (RAMOS, 2014). Atividades que requeiram movimentos, além de serem divertidas para crianças e adolescentes, são muito mais memoráveis.
- “O aprendizado torna-se mais eficaz quando é captado por diversas vias sensoriais” (ANTUNES, 2013). Apenas escutar uma nova informação não é tão eficaz quanto escutar, ver e fazer o uso de tal conceito. Portanto, a aprendizagem pressupõe a utilização dos cinco sentidos, para sua melhor eficácia.
- “As cores estimulam o sentido da visão e, portanto, tornam as ideias mais memoráveis” (BUZAN, 2012). O colorido atrai a atenção dos alunos, permitindo-lhes focar no que está sendo apresentado.
Receitas milagrosas advindas da neurociência não existem, o que há são estratégias simples pensadas de forma a otimizar o funcionamento cerebral.