Que a prática de exercícios físicos é positiva para todas as idades, isso já é reconhecido por grande parte da população.
Sabidamente, o exercício físico proporciona melhores condições à saúde física e mental do praticante.
Em ambiente escolar é recorrente as atividades que exploram o movimento. Isso porque o desenvolvimento das habilidades motoras tem grande influência no desempenho cognitivo, auxiliando no aumento da atenção e concentração e aperfeiçoando memórias motoras. Além das vivências sociais que as atividades físicas permitem, estimulando a cooperação em grupo.
A importância da educação física é registrada em ambiente escolar pela obrigatoriedade nos currículos da Educação Básica, descrita pela Lei de Diretrizes e Bases (nº 9.394/96).
Mas, voltemos a parte do cérebro. As ações, desde as mais grosseiras até os movimentos mais sofisticados, como a escrita, por exemplo, são controladas pelo cerebelo e núcleos da base, cujo objetivo é zelar para que os movimentos sejam iniciados e terminados no tempo certo, com harmonia em sua realização.
No cérebro o movimento é adaptado segundo o seu planejamento. Parece simples falar assim, mas reagir a um estímulo externo e promover mudanças cerebrais, para que o mesmo comande os músculos para tal movimento, é algo muito complexo. Basta voltarmos a atenção aos bebês e aos primeiros movimentos voluntários que eles realizam. Até tornar-se um movimento concentrado e com grande precisão é necessária muita experiência.
A prática de atividade física de moderada a intensa, produz a liberação de endorfina, noradrenalina e outras substâncias que nos dão a sensação de bem-estar. A endorfina, produzida pela glândula hipófise, situada em nosso cérebro, tem potente ação analgésica, melhorando inclusive, o estado de humor do praticante.
O fluxo sanguíneo é outro fator importante que modifica seu status no momento da atividade física. Em repouso, o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro é em torno de 750 ml por minuto. Logo após o início da atividade física, o fluxo sanguíneo aumenta em 20%, indicando que a prática do exercício melhora a oxigenação do cérebro e o recebimento de nutrientes.
As áreas que mais recebem oxigênio, com a prática de exercícios físicos, são as áreas pré-motora, motora suplementar e sensoriomotora. Áreas relacionadas ao movimento, mas, que também, têm grande responsabilidade mediante as tarefas cognitivas.