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Praça Municipal

No início de 1912, a Câmara Municipal autorizou o prefeito Caetano Munhoz da Rocha a publicar o edital chamando concorrentes para a construção dos esgotos na cidade.

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No início de 1912, a Câmara Municipal autorizou o prefeito Caetano Munhoz da Rocha a publicar o edital chamando concorrentes para a construção dos esgotos na cidade. O vencedor seguiria o projeto de José Niepce da Silva, “cuja autoridade profissional reconhecida é incontestável”. Quatro meses depois, em julho, os camaristas aprovaram a publicação de outro edital: para o aterro da pantanosa região da Fonte Nova, onde ainda havia o riacho e a lavanderia popular. O transporte da terra seria realizado por “wagonetes” e trilhos, disponibilizados pela Prefeitura. Naquela época, o lugar do futuro aterro passou a ser chamado de Praça Municipal. Entretanto, em novembro, a Câmara de Paranaguá alterou o nome para Praça Comandante João Gualberto e o prefeito sancionou. Mas por qual motivo rebatizaram o logradouro?

Novamente, para compreendermos melhor a História na nossa cidade, devemos recorrer às conexões históricas. A alteração no nome da praça está diretamente conectada à construção da estrada de ferro entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Achou estranho? Vejamos. A empresa contratada para realizar o serviço, além de se apropriar de extensas áreas de terra, desapropriando muitas famílias de camponeses, ainda abandonou milhares de trabalhadores após terminar a empreitada, criando uma complicada situação social nos limites do Paraná e Santa Catarina, onde grupos populares reuniram-se em torno do monge José Maria e passaram a desafiar as autoridades.

Em outubro de 1912, os rebelados chegaram à região do Irani, em Palmas, já no Paraná, e o governo paranaense rapidamente enviou uma tropa para contê-los. Liderados pelo Comandante do Regimento de Segurança do Paraná, Coronel Joao Gualberto, os soldados foram de trem até União da Vitória e depois seguiram a pé e a cavalo para encontrar o exército messiânico… (continua)   

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