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O Cinquentenário

Enfim, chegou o aniversário de 50 anos de morte de Fernando Amaro

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Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

Enfim, chegou o aniversário de 50 anos de morte de Fernando Amaro. O jornal “A República” avisou que Paranaguá homenagearia o poeta e comentou a gafe de 1906, todavia não mencionou que tudo começou após eles publicarem uma carta com a data errada sem checarem a veracidade da afirmação. Diferente da teoria de Silveira Netto e das notícias do ano anterior, Fernando teria morrido no dia 15 e não mais no dia 16. A coletânea contaria com autores de todo o Paraná e Joaquim Mariano de Ferreira, secretário da Câmara de Paranaguá, solicitava que enviassem os escritos à Papelaria Econômica de Curitiba. Haveria distribuição de prêmios aos alunos das escolas públicas, passeata contando com diversas entidades, estudantes e população. O clímax seria a palestra de Dario Vellozo, ao meio-dia, para dar tempo dos curitibanos voltarem à capital. Na semana da festa o “Tribuna Paranaguense” publicou dois artigos sobre o cinquentenário.  Ao final do dia 15, o “A República” lançou um telegrama do prefeito Theodorico, informando que as festividades foram um sucesso e contaram com grande participação popular. Dario Vellozo encheu o auditório. Segundo os jornais “A Notícia”, “A República” e “Diário da Tarde”, a coletânea trazia a fotografia e uma poesia do poeta, além de artigos sobre sua a vida e obra, escritos por Rosario Correia, Ricardo Costa Junior, Alcebiades Plaisant, Maia Junior, Cunha Sobrinho, Nalstaff e Nestor Victor. O busto e o livro com suas poesias nunca viraram realidade. Apesar de algumas ruas do Paraná receberem seu nome, assim como a Praça em Paranaguá, Fernando permanece um desconhecido. Poucos sabem quem ele foi ou entendem a importância dele na literatura e na história paranaense. Uma alma à frente de seu mundo rude e bruto. Primeiro poeta do Paraná.

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