conecte-se conosco

Centro de Letras

Estátua e Memória

Publicado

em

Estátua e Memória

Além de iluminar a Avenida Arthur de Abreu, o prefeito Cunha Franco também investiu na região da Praça João Gualberto e iluminou o parque infantil “Prof. Décio”. Sua ação foi elogiada pelo jornal “Correio do Paraná”, que aproveitou para sugerir outra melhoria ao prefeito: deveria seguir o exemplo do Passeio Público em Curitiba e cercar a praça com “Eucaliptus, fazendo ali um pequeno jardim zoológico”. Deste modo, Paranaguá contaria com um belo ponto de atração “na altura de seu progresso”. A cidade não possuía um Passeio Público, mas naquela época o belo e moderno prédio dos Correios já existia na Praça João Gualberto e aparentemente era um tipo de ponto turístico onde os parnanguaras levavam seus visitantes (bem diferente do Fórum na Rua Marechal Deodoro que estava em ruínas e virara motivo de vergonha).

A prefeitura continuou organizando a região da Praça João Gualberto e – apoiada por uma comissão criada somente para isso – devolveria a estátua de Caetano Munhoz da Rocha ao seu lugar de origem. Desde aquela manhã de 15 de novembro de 1930, quando apareceu caída de seu pedestal, ela permaneceu escondida em um depósito. Mas o ódio revolucionário parecia ter diminuído e assim como em Ponta Grossa no começo do ano, as autoridades de Paranaguá acharam ser a hora apropriada para reestabelecer o monumento ao antigo prefeito que modernizara a cidade.

Quase nove anos após sua queda, a estátua de Caetano retornaria ao pedestal. De acordo com o jornal “Rio Negrense”, edição de 05 de novembro de 1939, a devolução do monumento era um ato de justiça ao grande estadista paranaense: não bastasse ganhar a estátua em vida – algo bastante incomum – Caetano ainda continuava “a prestar, na alta administração do Estado, os mais valiosos serviços”. 

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

Leia também: Memórias Maleáveis

Publicidade










Em alta

plugins premium WordPress