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Ciência e Saúde

Paraná não fracionará doses da vacina contra febre amarela

Registros de mortes pela doença aumentam cinco vezes em uma semana no Brasil

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Desde julho do ano passado, o Brasil enfrenta um problema de saúde pública no que se refere ao surgimento de casos de febre amarela com 20 mortes em decorrência da doença. Segundo informações do Governo Federal, o último boletim epidemiológico, atualizado no dia 8 deste mês, mencionava quatro vítimas da doença, com isso, os óbitos registrados aumentaram cinco vezes.

Tendo em vista a problemática e a corrida da população aos postos de saúde em diversos Estados do País, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) do Paraná enfatizou que não está fracionando as doses da vacina contra a febre amarela. Sendo assim, há a recomendação de que é necessária apenas uma dose da vacina para garantir a imunidade por toda a vida. A vacinação seletiva está disponível em todas as cidades do Estado nas principais unidades de saúde, sendo indicada apenas para crianças a partir dos 9 meses e adultos até os 59 anos. 

Com o objetivo de organizar e articular o trabalho realizado nos 399 municípios foi realizada, na semana passada, uma videoconferência com profissionais das 22 regionais de saúde para repasse de orientações referentes à prevenção, vigilância e assistência.

“Queremos incentivar os profissionais de saúde a cuidarem de toda a população do Paraná como cuidam de seus entes queridos. A orientação principal é incentivar a prevenção por meio da vacinação. Conversar com famílias, amigos e colegas de trabalho para lembrarem da importância da vacinação seletiva”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde da SESA, Júlia Cordellini.
O último caso de febre amarela, contraída no próprio município, registrado no Paraná foi em 2008, em Laranjal, região central do Estado. Com relação a óbito autóctone, o último também ocorreu no mesmo ano na cidade de Laranjal.

 

PREVENÇÃO

O alerta da SESA é para pessoas que residem em áreas de matas e rios ou que fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos. Quem for visitar esses locais deve procurar a unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para garantir a devida imunização contra a doença.

Para gestantes, mulheres que amamentam, crianças até 9 meses de idade, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos a recomendação é que só sejam vacinados com indicação médica. 

O Estado do Paraná continua com vigilância de casos, óbitos de macacos e coleta de mosquitos. Em 2017, foram investigados 182 pontos em 89 municípios, o que corresponde a 22,3% do território estadual. O último inquérito foi realizado no mês de dezembro e, até agora, todos os resultados foram negativos para a presença do vírus.

“Investigamos quaisquer possíveis rumores sobre a morte de macacos ou notificações da doença. A comunicação em sintonia entre os serviços e a investigação ocorrendo em tempo hábil são ferramentas fundamentais para evitarmos a doença no Paraná”, explicou a chefe da Divisão de Controle de Vetores da SESA, Joseana Cardoso.

 

Secretaria de Estado da Saúde realizou videoconferência para orientar profissionais

 

ASSISTÊNCIA

Os profissionais da Atenção Primária também devem estar atentos a qualquer sintoma ou sinal da febre amarela. “Todas as equipes das unidades de saúde, incluindo os agentes comunitários, devem informar a Secretaria da Saúde sobre qualquer possível caso da doença. Queremos que a população paranaense esteja atenta e segura”, fala a chefe do departamento de Atenção às Condições Crônicas, Márcia Steil.

Os profissionais de saúde que atenderem pacientes com a suspeita de febre amarela devem notificar imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Paraná (CIEVS/PR). A notificação pode ser feita pelo telefone (41) 3330-4567 ou pelo plantão (41) 99117-3500. Os mesmos órgãos também recebem notificações sobre a morte de macacos.

 

INCIDÊNCIA DA DOENÇA

O Ministério da Saúde não considera o aparecimento de casos de febre amarela como “surto” e sim como um “aumento de incidência da doença”. A situação é mais grave nos Estados de São Paulo (20 casos e 11 mortes), Minas Gerais (11 casos e 7 mortes), Rio de Janeiro (3 casos e 1 morte) e DF (1 caso e 1 morte).

Os incidentes ocorreram em matas, nenhum caso foi notificado até agora em áreas urbanas. O índice ainda pode aumentar, já que 145 episódios estão em investigação por equipes das secretarias de Saúde no País.

 

Com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SESA)

 

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