Paranaenses que não tomaram a vacina devem procurar as unidades de saúde

Nesta semana, o Governo do Estado de São Paulo contabilizou três mortes por febre amarela, doença que pode ser prevenida por vacina contemplada no esquema nacional de vacinação. Em São Paulo, os casos começaram a surgir em macacos e parques precisaram ser fechados para evitar a transmissão da doença.

Com isso, muitas pessoas lembraram a presença da vacina e correram até as unidades de saúde para se prevenir contra a febre amarela. Em Paranaguá, o aparecimento dos casos no Estado vizinho não afetou a aplicação das doses.

 

EM PARANAGUÁ

 

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde, por se tratar de uma cidade portuária, a procura pela vacina contra febre amarela é habitual e nada de anormal foi observado nos últimos dias. Vale salientar que quem nunca tomou a dose ou não se lembra pode procurar por qualquer uma das 14 unidades de saúde do município, já que todas possuem a vacina em estoque.

AVALIAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO

A febre amarela é transmitida pelos mosquitos haemagogus e sabethes e, devido a presença do Aedes aegypti em Paranaguá, a Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Júlia Cordellini, explicou quais as chances de contaminação por febre amarela. “Neste momento, não temos morte por primatas não humanos, macacos, por febre amarela, que é o nosso evento sentinela, mas quem passa a doença é o mosquito e não os macacos. Por isso, é preciso que todas as pessoas tenham cuidado com criadouros em suas casas”, destacou Júlia.

 

Não houve caso confirmado no Paraná, mas doses estão incluídas no calendário nacional de vacinação

 

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

 

A vacina é contemplada no calendário vacinal em todo o País para pessoas de nove meses a 59 anos. Acima dessa faixa etária somente com indicação médica. Não é preciso mais que as pessoas tomem uma dose a cada 10 anos. “Agora a dose é única. Se tomou durante a infância, não precisa tomar mais. Se não houver uma carteira de vacinação que comprove que você tomou a vacina seja na infância ou dentro da faixa etária, tome a vacina, porque você não pode viajar para uma área de risco sem a vacina”, enfatizou Júlia.

“Precisamos avisar que todo o Paraná a partir deste ano é considerado como área de risco e para vacinação contra febre amarela. Por isso, se não tem comprovante vacinal ou não se lembra, busque nas unidades de saúde, principalmente se vai viajar para estes Estados como Bahia e São Paulo que estão com casos ou para outros países que indicam a vacinação, não precisa de correria”, alertou a superintendente de Vigilância em Saúde.

 

SOBRE A DOENÇA

 

A doença é caracterizada por um estado febril agudo de até sete dias, acompanhado de icterícia, que são os olhos amarelos, dor no corpo e manifestações hemorrágicas. “Casos suspeitos sempre vão ter os diagnósticos diferenciais com outras viroses e, principalmente, todos os profissionais de saúde precisam ver se a pessoa esteve em área de risco”, ressaltou Júlia. São consideradas áreas de risco para febre amarela locais com matas silvestres, áreas rurais, que tenham atividades de extração de madeira ou pesca e ecoturismo. Além de regiões onde há casos confirmados para a doença.