Litoral do Paraná tem três casos confirmados de Sarampo

O último informe epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que traz dados sobre o Sarampo, indica três casos confirmados da doença no litoral do Paraná. Os registros foram feitos em Matinhos, Antonina e Paranaguá, um em cada município. Outros 27 casos estão em investigação no litoral do Estado. As informações se referem ao período que tem início no começo de agosto de 2019 até o dia 15 de janeiro de 2020.

Quarenta e uma cidades paranaenses estão em surto por causa do sarampo, considerando que o Ministério da Saúde classifica como situação de “surto ativo” todo município em que tenha ao menos um caso de sarampo confirmado. Como é o caso dos municípios no litoral do Estado.

O Sarampo é uma infecção viral, aguda, altamente contagiosa, transmitida por via aérea,"aerossóis", através da fala, espirro, tosse e respiração. Pode acometer todas as faixas etárias suscetíveis, tendo maior gravidade nos extremos de idade. O vírus do Sarampo pode levar a complicações como encefalite, meningite e pneumonia.

Após vinte anos sem registro de casos confirmados de Sarampo no Estado do Paraná, confirmou-se o primeiro caso em Campina Grande do Sul. Desta forma, a atualização do informe passou a ser semanal.

Situação no Paraná

O Paraná tem atualmente 753 casos confirmados de Sarampo. Em 30 casos, a provável fonte de infecção foi o Estado de São Paulo e em cinco foi o Estado de Santa Catarina; 25 casos secundários de duas cadeias de transmissão distintas; e 693 casos sem vínculo definido.

O maior número de confirmações para a doença está na faixa etária de 20 a 29 anos (395 casos), seguido da faixa de 10 a 19 anos (199 casos).

Cobertura vacinal

A cobertura da vacina Tríplice Viral, que protege do sarampo, na faixa etária de 12 meses (primeira dose) a 15 meses (segunda dose), entre 2019 e 2020, no litoral do Paraná, é a menor do Estado. Segundo o informe da Sesa, essa fatia da população no litoral compreende 4.382 crianças. Com a primeira dose da vacina, aos 12 meses, a cobertura é de 76,79% e; com a segunda dose, que deve ser dada aos 15 meses de vida, a cobertura é de 67,87.

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, reforça o alerta para a vacinação.

“Estamos buscando a parceria da população para reduzir doenças que são evitáveis. O sarampo é uma das doenças em que o engajamento das pessoas é essencial para que todos sejam vacinados. Somente dessa forma teremos a tranquilidade em falar que estamos livres do vírus do sarampo novamente. Por isso, mais uma vez vale o chamado: vá até a unidade de saúde e coloque a sua carteira de vacinação em dia, além do sarampo, há outras doenças que podem ser evitadas com as gotinhas”, declarou Beto Preto.

O esquema vacinal do Ministério da Saúde recomenda que a população com idade entre um a 29 anos deve receber duas doses da vacina tríplice viral e de 30 a 49 anos, uma dose.

Com informações e fotos Sesa.