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Talvez Carlos não se sentisse sozinho e nem solitário, mas ao sentar para escrever, assim ele ficava, Nós poetas temos um pouco disto, se…

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em

Carlos Drummond de Andrade

Canção Final

Oh! Se te amei, e quanto!
Mas não foi tanto assim.
Até os deuses claudicam
em nugas de aritmética.
Meço o passado com régua
de exagerar as distâncias.
Tudo tão triste, e o mais triste
é não ter tristeza alguma.
É não venerar os códigos
de acasalar e sofrer.
É viver tempo de sobra
sem que me sobre miragem.
Agora vou-me. Ou me vão?
Ou é vão ir ou não ir?
Oh! Se te amei, e quanto,
quer dizer, nem tanto assim

_____§§___
Carlos Drummond de Andrade

 

Talvez Carlos não se sentisse sozinho e nem solitário, mas ao sentar para escrever, assim ele ficava, Nós poetas temos um pouco disto, se não seriamos poeta, Carlos colocava o dedo em sua própria ferida para sentir sua dor. Se em suas palavras ele classificaria o personagem, não temos certeza, mas podemos ver as lágrimas quando o cita ou aquele personagem pode ver alguns sorrisos em sua face quando aponta algo ou alguém que corre feliz. Neste texto a demonstração da decepção misturada às fadigas do orgulho. E com Título “Canção Final” podemos sentir que acabou e o resto será agora apenas lembranças. Carlos Drummond de Andrade foi um dos maiores poetas que o Brasil já teve. E é merecida a minha consideração por todo legado que deixou e o muito que aprendi com ele.

 

Carlos Drummond de Andrade-Nasceu em Itabira aos 31 de Outubro de 1902 e Faleceu no Rio de Janeiro aos 17 de Agosto de 1987 foi um poeta contista e um grande cronista brasileiro inspirando muitos outros autores até a atual década. Considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XXI. É dele a estátua colocada no calçadão de Copacabana, homenagem da cidade do Rio de Janeiro.

 

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