Viva Santo Antônio! Viva São João! Viva São Pedro! No mês de junho, esses santos são festejados com comidas típicas, danças, fogueira,festa! Do calendário católico, eles passaram para o calendário popular. É bonito ver o povo fazer festa, sem se deixar abater pelas dificuldades da vida. A luta para sobreviver inclui certamente a festa.
Ao encerrar esse mês tão querido, a Igreja Católica celebra, pois, a festa de São Pedro no domingo, 29. A Pedro estão associados o grande apóstolo Paulo e o Papa, no momento, Francisco, pela graça de Deus, o 266.º sucessor de Pedro!
Pedro e Paulo – colunas da Igreja, cujo alicerce é um só, Jesus Cristo – foram “unidos pela coroa do martírio, [e] recebem hoje, por toda a terra, igual veneração”. Ambos foram marcados pelo encontro com Jesus. Pedro foi chamado por Cristo junto ao Mar da Galileia, pois era pescador (Lc 5,10). Paulo encontrou Jesus ressuscitado no caminho de Damasco, enquanto perseguia os cristãos (At 9,3-8). Esse encontro mudou completamente a vida deles. Pedro deixou as redes e se tornou seguidor de Jesus. Paulo, o perseguidor dos cristãos, tornou-se um deles. Jesus fez daqueles homens seus discípulos missionários, dois grandes apóstolos!
Hoje, ressoa para cada pessoa a pergunta fundamental, a mesma que Jesus fez aos seus discípulos na região de Cesareia de Filipe: “Quem vocês dizem que eu sou?” Ou seja: “O que eu significo na vida de vocês?” Pois, na verdade, nosso coração deixaria de ser cristão quando Cristo e seu Evangelho não significassem mais nada para nós.“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo" (Bento XVI). Essa Pessoa é Jesus Cristo.
Sobre esse tema, tem insistido o Papa Francisco: “Convido todo cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor, ninguém é excluído»”. E, continua: “Somente graças a este encontro – ou reencontro – com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz, é que somos resgatados da nossa consciência isolada e da autorreferencialidade. Chegamos a ser plenamente humanos quando somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos conduza para além de nós mesmos a fim de alcançarmos o nosso ser mais verdadeiro.” (Evangelii Gaudium 3 e 8).
A oração, a meditação da Palavra e a vida em comunidade, especialmente a celebração litúrgica, alimentam em nós a amizade com Jesus e a fé nele. O encontro com Ele é decisivo para nossas vidas, pois Ele é o único que pode responder de maneira plena às nossas perguntas mais profundas e importantes. Ele é o caminho, a verdade e a vida! Deixemo-nos encontrar por Ele!